onde hoje é tua ausência
criou-se uma crosta
sem o duro de uma rocha
tua ausência viva
ostra no peito
faca nos olhos
feitos para o sal
por toda essa cidade
uma procura de teu nome
numa linha de calçada
no alto dos prédios
numa fotografia p&b
em nada absolutamente
um sinal é possível
certas ausências
são para sempre
acima do querer
além de qualquer
esperança ou delírio
2 comentários:
Chagas, você escreve lindamente.
Que bom que você tenha voltado a postar por aqui. A boa poesia faz falta.
Gosto das imagens que suas palavras provocam.
Apareça sempre, nos faz bem ler você.
Abraço,
Claude
Oh, Claude, fico contente com essas suas palavras. Acredito que você capta o sentido do texto com uma sensibilidade muito especial.
Espero voltar a postar mais aqui.
Um abraço.
Chagas.
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