Diva não teve grandes amores na adolescência. O primeiro namorado (relação confusa), uns flertes passageiros, e um moço com quem se correspondeu por alguns meses... O grande amor não tinha rosto, nem falas, nem versos. Era apenas um sonho velado, sem nexo.
Aos 17 anos, já cursando uma faculdade pensou: e se eu ficar no caritó? A idéia representava um pavor. Estava à beira dos 18 anos (tempo em que soaria o primeiro tiro da macaca...), e ainda não tinha um namorado firme, nem solto. Foi quando do nada, surgiu Geraldo. Moço da capital, cursando Biologia, no interior. Era professor quebra-galho daquelas disciplinas para as quais não existiam graduados. A paixão não aconteceu, mas ele conseguia passar em todos os testes para bom marido: caráter, honestidade, sem vícios (salvo , umas biritas ...), e o mais importante, que não era mulherengo , e parecia gostar da Diva.
Depois de três meses de namoro, no sofá da sala, Diva foi pedida em casamento; quatro meses depois a união foi celebrada. Desde os primeiros dias o tédio entrou na vida do casal, sendo quebrado apenas pelo choro dos filhos que chegavam, a cada nove meses. Aos 21 anos jogava-se numa rede, a balançar três meninos pequenos, e pensava, enquanto cantava uma música de Roberto Carlos... “e assim vou passar o resto dos meus dias, esperando que a morte nos livre desse compromisso?"
Aos 17 anos, já cursando uma faculdade pensou: e se eu ficar no caritó? A idéia representava um pavor. Estava à beira dos 18 anos (tempo em que soaria o primeiro tiro da macaca...), e ainda não tinha um namorado firme, nem solto. Foi quando do nada, surgiu Geraldo. Moço da capital, cursando Biologia, no interior. Era professor quebra-galho daquelas disciplinas para as quais não existiam graduados. A paixão não aconteceu, mas ele conseguia passar em todos os testes para bom marido: caráter, honestidade, sem vícios (salvo , umas biritas ...), e o mais importante, que não era mulherengo , e parecia gostar da Diva.
Depois de três meses de namoro, no sofá da sala, Diva foi pedida em casamento; quatro meses depois a união foi celebrada. Desde os primeiros dias o tédio entrou na vida do casal, sendo quebrado apenas pelo choro dos filhos que chegavam, a cada nove meses. Aos 21 anos jogava-se numa rede, a balançar três meninos pequenos, e pensava, enquanto cantava uma música de Roberto Carlos... “e assim vou passar o resto dos meus dias, esperando que a morte nos livre desse compromisso?"
Ganhava uns trocados como professora, e com eles pagava aluguel e alimentação. Geraldo tinha lá também uns ganhos, que investia na prestação do carro, de um terreno, e sabe -se lá mais o que. A felicidade fora esquecida... Uma entidade impossível de habitar naquela vida. Às vezes ela dava às caras dizendo que existia que queria explodir naquela casa , mas cadê espaço? Os poemas eram escritos e escondidos debaixo do colchão. Era atestado de culpa sonhar com outra vida. Pensamentos vigiados. Flagrados por olhares ensimesmados... Assustavam-na, e escorregavam, nem sei pra onde... Subiam ou desciam. Céu e inferno eqüidistantes daquela plataforma do limbo.
Passou a planejar sua liberdade de sonhar, pensar, encontrar! Impossível, quase... Uma senhora casada tinha vínculos inquebrantáveis perante Deus e perante os homens. Entre trancos e barrancos, depois de loucos conflitos, o casamento teve um fim consensual: a separação!O peso parecia descomunal (perdera o “Paraíso”, agora podia comer maças.). Chegou com a solidão. Necessária para o fomento de novos planos e sonhos. Muitos vingaram; outros se perderam, mas a vontade de amar persistiu! De coração minado, chegou ao tempo da quietude. De coração refeito, encara a tal felicidade, como uma sombra que brincava de esconde-esconde, enfim revelada, colhida em si mesma!
Já não esconde pensamentos como se criminosos fossem, nem permite que por eles seja asfixiada. Está sempre para o amor presente, que pode ser eterno.
Passou a planejar sua liberdade de sonhar, pensar, encontrar! Impossível, quase... Uma senhora casada tinha vínculos inquebrantáveis perante Deus e perante os homens. Entre trancos e barrancos, depois de loucos conflitos, o casamento teve um fim consensual: a separação!O peso parecia descomunal (perdera o “Paraíso”, agora podia comer maças.). Chegou com a solidão. Necessária para o fomento de novos planos e sonhos. Muitos vingaram; outros se perderam, mas a vontade de amar persistiu! De coração minado, chegou ao tempo da quietude. De coração refeito, encara a tal felicidade, como uma sombra que brincava de esconde-esconde, enfim revelada, colhida em si mesma!
Já não esconde pensamentos como se criminosos fossem, nem permite que por eles seja asfixiada. Está sempre para o amor presente, que pode ser eterno.
Deus escreve certo por linhas tortas? Dizem que sim, e nisso Diva aposta !
socorro moreira
2 comentários:
Diva,
Tem a minha admiração pela bravura e destemor da vida.
Ah ! se todas as mulheres que sonham podessem der Divas...
Socorrinho , gosto de seus contos.Neles sempre uma mensagem de otimismo , de raça , de liberdade e da revelação enfim de cada sonho. abraços minha amiga, Rosa
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