Lua nova
noite escura
estrelas do solo
piscam pro destino
Beiram estradas
que nunca terminam
Brincam no asfalto
sem pensar na sina
Desconhecem o sol
Desconhecem cores
Mata e céu...
É por lá que morrem!
Caçando luzes
eu me perco sempre
Sempre me dispersa
este vôo ausente...
Pouso breve,
como um beijo tímido
Pouso leve,
um olhar que afaga.
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Nos pequenos comas
Nada parece existir...
Com exceção dos próprios sonhos.
Quando desperto, procuro teus recados
Uma palavra de mimo, um sorvete no verso...
Silêncio de uma ponte quebrada é quase mortal
É um Deus nos acuda...
É medo do recomeço, sem a estrela principal.
Um comentário:
Céu azul
de Brigadeiro
Nuvens stratificadas
anunciam chuvarada
Num mergulho
atravesso o sonho real
vivido num instante
entre pássaros e fumaças
voando sem mêdo de errar
E pensando seriamente
em retornar...
A busca terminou
entre êrros e acertos
Longarinas estendidas
flapes puxados
esperando o estol
O solo precipita
um pouso realizar
Vento forte
de travéz
Uma águia ou albatroz
na final executar
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