A tarde me possui que me dissolvo.
A chuva me disseca.
Tenho que fechar os olhos para não desvairar totalmente, tomada em pleno trânsito por tal aflição.
A chuva são mil vagalumes, imagens inebriantes.
A chuva é delírio, desvario em plena tarde.
Intoxico-me sem defesas.
As margens da rua são magia, pura vibração e me emociona até mesmo uma fachada de shopping onde as sombras flutuam pelo efeito das luzes dos carros que passam.
Isso a chuva faz comigo.
Querer pensar em nada.
Dissolver-se. Foto de Mário Vítor.
Ana Cecília
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