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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sábado, 20 de fevereiro de 2010

"A Grande Transformação" - por Edmar Cordeiro Lima


Este é o pomposo nome dado ao programa de governo do Partido dos Trabalhadores (PT), finamente forjado para servir de pilar num eventual mandato de Dilma Rousseff como presidente do Brasil. No documento, notam-se pitadas esquerdistas mais picantes até mesmo daquilo que se discutia antes de Lula ascender ao poder. O plano sugere maior participação do Estado na economia, principalmente com o fortalecimento das empresas estatais, e até mesmo a criação de novas. Será este o melhor caminho?

Lá atrás

A análise passa, obrigatoriamente, pela administração atual do País. Na campanha presidencial de 2002, toda vez que Luiz Inácio aparecia bem nas pesquisas o dólar subia, a inflação dava sinais concretos de retorno e a iniciativa privada ameaçava cortar investimentos. Por outro lado, boa parte da população mais pobre sonhava com mudanças.

Na prática

Nesta balança, passados quase oito anos, pode-se dizer que a esperança venceu o medo. As catástrofes econômicas previstas pelo empresariado não se confirmaram e houve avanço social, mesmo que tímido. Passamos com alguma saúde pela recente crise financeira mundial e as perspectivas de crescimento são razoáveis.

O próprio

Mas como isso aconteceu? Com a caneta nas mãos de um torneiro mecânico elevado à condição de líder por sua luta sindical, que criou um partido de trabalhadores, pilotando o Brasil cercado de militantes? Para entender basta ler declaração do presidente ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na edição de ontem: “Foi obra de Deus não permitir que eu ganhasse em 1989. Com a cabeça do jeito que eu pensava, ou eu tinha feito uma revolução no País ou tinha caído no dia seguinte.” Precisa dizer mais?

Exemplo

Ou seja: até mesmo o líder da classe trabalhadora precisou entender, e aprender, que governar uma nação é diferente de militar em prol de causas partidárias. É uma heresia entregar as rédeas da política econômica a um importante representante do mercado de capitais, como chefe do Banco Central? Ideologicamente pode até ser, mas funcionou, tanto que Henrique Meirelles (PMDB) é o preferido de Lula como vice de Dilma.

O pensador

Este novo programa de governo está sendo coordenado pelo assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, um fiel admirador do venezuelano Hugo Chávez e do ditador cubano Fidel Castro. Indiscutivelmente, dois maus exemplos. Pensar assim é voltar dois, três séculos no tempo.

Seguidor

Foi por isso que Roberto Requião se afundou politicamente. Como um retrógrado de carteirinha, teve o mesmo tempo que o companheiro Luiz Inácio para governar. E nada fez. Vociferou socialismo e portou-se como um capitalista de primeira linhagem, colocando interesses particulares e de aparentados sempre em primeiro lugar.

Regressiva

Sorte do povo paranaense que suas ideias não prosperaram. E melhor ainda que faltam apenas 40 dias para que o progresso volte à pauta dos paranaenses.


Edmar Cordeiro ( cratense residente em Paranavaí-Pr)

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