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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Antenógenes Silva - por Norma Hauer


Foi no dia 9 de março de 2001 que faleceu o compositor Antenógenes Silva.

Ele estudou música, virou acordeonista e compositor. Para onde ia levava aquele pesado acordeon e gostava de contar histórias de sua vida.
Conheci-o em 1976 no programa "Sala de Visita", que Raul Maramaldo apresentava na Rádio Rio de Janeiro.
Foi quando contou uma história referente à melodia de "Saudades do Matão", gravada por Carlos Galhardo e em cuja etiqueta do disco de 78 rotações consta os nomes de Jorge Galatti e Raul Torres, como autores. O mesmo ocorrendo no LP "Carrossel de Melodias", de 1958, também com Carlos Galhardo.
ATENÓGENES contou que compusera essa música em 1920, quando vivia em São Paulo. Afirmou que costumava executá-la nas festinhas infantis, por não ser, ainda, músico profissional.
Anos mais tarde, soube que ela havia sido gravada como sendo de Raul Torres (autor da letra) e Jorge Galatti, como compositor da música.
Entrou na luta pelo direitos autorais, provando ser o verdadeiro autor da música e que Jorge Galatti nunca compôs nada. Em gravações posteriores aparece seu nome como compositor .

Dentre as músicas de Antenógenes que receberam letra, a que considero mais bonita é "Uma Grande Dor Não se Esquece", gravada por Gilberto Alves.

Antenógenes Silva foi casado com Léa Silva, uma das pioneiras do rádio, onde apresentava um programa para mulheres, tal com Sagramour de Scuvero o fazia.

No final dos anos 30 eram as únicas mulheres locutoras de rádio.
mas Léa Silva era química e lançou um produto "de beleza" de nome "Creme Marsília",
muito bom. Era um creme bastante agradável que deixava a pele fresca, limpa e hidratada...mas se deixava "bela" é outra história.

Após a morte prematura de Léa Silva nos anos 50, Antenógenes formou-se
em química e continuou produzindo o produto. Em homenagem à Léa, ele gostava de distribui-lo em suas apresentações em "Shows", sempre acompanhado por seu acordeon.
Na última vez que o vi, ele estava com mais de 80 anos, firme com seu
instrumento. Viveu 95 anos.
norma hauer

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