Reflexo
- Claude Bloc -
- Claude Bloc -
Revejo-me no teu olhar
uma e outra vez
tento procurar-me
em ti
mero reflexo de mim mesma.
Quem sabe eu não seja para ti
o que eu gostaria de ser
aquela por quem gritas de desespero
e que te percorre nas veias.
quem sabe?
Talvez, talvez, quem sabe
eu seja para ti,
apenas
aquilo que eu me vejo em ti,
esse simples reflexo,
um simples reflexo de mim mesma.
Claude Bloc
3 comentários:
o passado no presente
essência presa , intacta
Nem mero...
É mira certa
Porisso miras ,
e te achas , no amor que lá ficou,
e hoje se espraia.
( risos)
Minha linda, talentosa e querida amiga ,
um abraço !
Belos versos, Claude. Parabéns! Postamos quase no mesmo instante.
Abraço e sucessos para você.
Glória
Claude, esta mulher do sertão, do espelho do açude, um verde de canabrava, esta mulher refletida. Claude foi ao extremo da narrativa edipiana, mas como um mito revisitado por aquilo do século XIX ao XXI: um imenso ímpeto de ser mais, de ser um novo édipo, uma imagem já em mutação para aquela nova.
Mas o que acontece em Claude? Ela não embarca no espírito destes séculos. Ela é ela mesma. Ao refletir-se percebe-se ela.
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