Vicente Augusto de Carvalho (Santos, 5 de abril de 1866 — Santos, 22 de abril de 1924) foi um advogado, jornalista, político, deputado, magistrado, poeta e contista brasileiro.
Era filho do major Higino José Botelho de Carvalho e dona Augusta Carolina Bueno de Carvalho.
Formou-se em 8 de novembro de 1886, com 20 anos, da Faculdade de Direito de São Paulo no curso de Ciências Jurídicas e Sociais. Foi advogado, juiz e ministro do Tribunal de Apelação do Estado de São Paulo.
Serviu como redator das revistas Idéia e República. Tendo publicado verso, estreou na prosa numa polêmica com o poeta Dias da Rocha.
Em 1885 publicou seu primeiro livro Ardentias. Três anos depois veio Relicário (1888). Quando voltou a Santos, fervia o movimento abolicionista. Após contribuir para várias publicações fundou o Diário da Manhã. Em 1902 publicou o Rosa, rosa de amor.
Foi membro do movimento parnasianista e seu grande tema era o mar, ao ponto de receber a alcunha de Poeta do Mar.
A obra que marcou sua carreira poética, Poemas e Canções, foi primeiro publicada em 1909 com prefácio de seu amigo Euclides da Cunha. Teve dezessete edições.
Casou-se em 1888 com Ermelinda Ferreira de Mesquita, em Santos, com quem teve quinze filhos.
* Os jardins da orla de Santos se devem em parte a Vicente de Carvalho. Em 1921 escreveu, junto a Américo Martins dos Santos e Benedicto Montenegro, uma Carta Aberta ao Presidente da República contra apropriações ilegais das áreas em frente à praia.
* A poetisa santista Maria José Aranha de Rezende (Santos, 02/10/1911 - Santos, 17/06/1999) foi sua sobrinha-neta e pertenceu à Academia Santista de Letras.
* Além de um distrito da cidade do Guarujá e uma estação do metrô na cidade do Rio de Janeiro, ruas em Santos, em São Bernardo do Campo, em Santo André, em Porto Alegre e em Curitiba possuem seu nome.
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