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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Georges Moran - por Norma Hauer


De Georges Moran pouco se fala...
Ele nasceu em 5 de maio de 1900 na cidade russa de São Petersburgo. De família judia, veio para o Brasil depois da primeira guerra mundial e da revolução bolchevique.
Sua família já estava sentido a perseguição aos judeus e resolveu tentar a vida aqui no Brasil.

No final dos anos 30 ele se "enturmou" com nossos compositores e cantores, passando a compor como se brasileiro fosse.
Ainda assim, muitas de suas composições relembram sua terra, como "Kátia" e "Ninotchka" (gravadas por Sílvio Caldas); " Zíngaro" e "Balalaika"(gravações de Orlando Silva);"Katucha" (gravada por Dircinha Batista) e "Exilado" (gravação de Carlos Galhardo.

Mas Georges Moran não foi só nostalgia.
Com Oswaldo Santiago compôs "Perfume de Mulher Bonita" (gravação de Carlos Galhardo). O mesmo Galhardo gravou "Dois Navios";"Confissão";"Indiferença;"A Mulher que eu Tanto Adoro";"Aconteceu Assim"; "Dia há de Chegar";"Linda Butterfly";" Silvio gravou "Não voltarás,nem Voltarei";"Meu Amigo Violão";"Se Tu Soubesses"; Vicente Celestino gravou "Madona"; Orlando Silva gravou "Como Tu, Ninguém"; e Francisco Alves lançou "Ainda Serás Minha"...

Foram muitas as músicas de Georges Moran que fizeram sucesso. Outros cantores também gravaram composições suas, mas quero deixar aqui registrada a letra de "Dois Navios", feita em parceria com Manuel da Nóbrega, o mesmo que na TV lançou "Praça da Alegria", hoje continuada por seu filho Carlos Alberto Nóbrega, onde Ronald Golias era a principal estrela.

Para lmarcar o repertório de Gorges Moran, deixo no item abaixo a letra de "Dois Navios", gravada por Carlos Galhardo. Na face B do disco de 78 rotações, Galhardo gravou outra composição de Georges Moran:"Confissão".

Vamos a
DOIS NAVIOS
Quando dois navios em alto mar se encontram.
Fitam ventos, almas que se defrontam.
Seja noite, dia, sol, estrela luar...
Eles sentem a mesma atração.

Certa vez no alto e grosso mar desta vida.
Encontrei alguém igual a mim, tu querida.
Era noite dia, sol , estrela, luar...
Nós sentimos a mesma atração.

Eu segui meu caminho,
Nunca mais te esqueci
Eu perdi teu carinho
Teu amor, perdi
Hoje eu vivo sozinho
Onde vives não sei
Não fizemos o ninho
Ninho que eu sonhei.

Norma

Um comentário:

Anônimo disse...

O Georges Moran está sepultado no Cemitério Israelita do Butantã, em S. Paulo, onde repousa sob o nome de GEORG MORIN (1900-1974).
Minha visita ao seu túmulo coincidiu com o seu artigo.

P.V., Campinas