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Coisas da poesia
O bule de café fumega no fogão.
O queijo frige na palha de milho.
A polenta na frigideira.
Na panela de ferro a banana são-tomé.
A velhinha sorri para mim.
O picumã pende do telhado.
O fogo crepita com a lenha verde.
Eu olho as estrelas entre as labaredas.
Um sapo de castigo num canto da parede.
Um caranguejo toma sol no quintal.
Havia um cheiro de mato
E um cheiro de pão no forno.
A minha língua era torta.
Coisas da poesia.
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2 comentários:
"Um sapo de castigo num canto da parede."
José carlos Brandão,
permita-me um abraço.
Eita... gostei... O bichim tá inchado de raiva...
Gostei do cenário e da simplicidade da vida...
Abraço,
Claude
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