Quando aquele bicho papão
cheio de gracinhas e maldade
tentar te seduzir com tristeza
por vez, espanta o nefasto:
és uma sacerdotisa
e tens força pra isso.
Mas se o bicho danado
ainda permanecer te roendo
a alma
ameaça-o com o dedo em riste
e urra bem forte:
" sou uma sacerdotisa,
não vem!"
Se o maldito fizer pilhéria
a sorrir e te encabular
então não terás outro jeito
senão pegar na minha mão
e juntos disparar um ramalhete
de versos (deixa que os meus
são de pólvora e aço)
enquanto os teus
(como assim deve ser)
de branda serenidade.
Aprende apenas,
minha doce sacerdotisa,
que essas tristezas
que nos abatem a alma
por um ou outro motivo
devem passar
nem que seja na marra.
Do poeta
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