Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Adeus em vida. Liduina Belchior.


Nós seres humanos não conhecemos profundamente a cisão entre o viver e o morrer.Não somos suficientemente preparados para esta situação.
Mas fui á Fortaleza desperdir-me de um tio com menos de 70 anos com metástase óssea, sem visão e em seus últimos tempos. É difícil dizer Adeus a um Profeta, tio e pai ao mesmo tempo. Ele não me viu com seus olhos, mas ouviu minha alma, me olhou com o coração,com seu tato e recebeu infinitamente meu carinho e gratidão derradeiros.
Homem forte cujos sobrinhos o chamam de TOURO! Pois sobrevive a mais de 5 anos uma enfermidade tão séria quanto a vida.
Meu coração chora e ri. Explico: O seu exemplo e missão ficarão para sempre gravados em meu viver como crescimento de existência.
Valeu, José Belchior Silva (Tio Bó)por você ter nascido e nos ter dado tanta lição de Moral, de Cidadania e sobretudo de AMOR!

Beijo-te eternamente: Liduina.

5 comentários:

Claude Bloc disse...

Liduina,

Maravilha de depoimento. De uma sensibilidade marcante e de uma sinceridade que comove e emociona.

Que Deus te abençoe nessa tua caminhada.

Abraço,

Claude

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Liduina explicita o que pouco vemos. Que no limite (fronteiras) das coisas elas estão mais nítidas. Ali onde elas passarão a ser outra coisa, ou até mesmo não ser, são mais profundamente o ser. Ao contrário do existencialismo, ali se afastam do nada.

Liduina Belchior disse...

toutClaude e José do Vale,

Obrigada, obrigada, obrigada!
Senti cada palavra de afago de vocês. Adentraram minha alma e me fizeram acontecer.

José, naquele hospital São Francisco, estive nos últimos momentos de seu Pai, ouvindo Diana cantar em seu ouvido; canção esta, que ele cósmicamente carregou consigo. Levou também o perfume de uma flor que tinha ao seu lado chamada Bugari.Como lembro....

Aloísio disse...

Liduina,

Parabéns pelo seu texto, encontrar
belas e bem colocadas palavras, num momento difícil só poderia ser de uma pessoa com a tua sensibilidade.

Força e um forte abraço
Aloísio

Liduina Belchior disse...

Obrigada Aloísio.

Preciso ter herdado dele, pelo menos a força de um leão.

Grande abraço: Liduina.