Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Acorrentados- Por Socorro Moreira



Petrolina?
Uma luz vermelha
Entre Crato e o Juazeiro
Boites?
Cinema da tarde...
Tempos de laquê no cabelo
Tempos de vento nos cachos
das carrapetas.
Sussurros ou suspiros?
Um de lá
Outro de cá
Timidamente sorriam

Cruzar o olhar
Era de intensa magia
Como ainda hoje...
Como em qualquer tempo
O olhar imagina, fura, entra...
Se entranha , como o Aracati

Hora feita é sempre carente da surpresa
Um bolero é canção das paradas sensuais
Um passo lá
Outro cá...
Nada além, no futuro do presente.

E nesse calor de novembro
a dança tem cheiro de gente
Não tem coração que mereça
Derreter eternamente.

“Eu necessito ver-te”.
Mais uma vez...”.
Altemar, vivíssimo.
Em surdina me acontece
Esqueço que abri a janela
E uma luz difusa
Em meu peito entra...
Atenda!

O amor sempre será
Como antes de antigamente
Um mistério
Um sonho ardente.

“Talvez fosse melhor”.
Que não voltasses
Talvez fosse melhor que me esquecesses...”

Sem princípio, e sem final.
O amor vaga, sem um cais.
Rumo a um paraíso nunca achado
Lá o tédio é impossível.

E nesse vazio abissal
Eu escorrego levemente
E misturo-me
Ao éter do sentimento

Sintonia num bolero
Faz valsar um par!

3 comentários:

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Como as bocas da madrugada, o bolero, e este universo de vividos, achados e perdidos

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Amanhã os leitores vão nos chamar de chatos. Tanta música e tantas postagens. Mas vou com mais uma, aliás duas, veja acima.

Aloísio disse...

Socorro,

É isso, você respira música é poesia.
Maravilha de poesia!!!

Abraços
Aloísio