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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"Recusa", não; "Veto", sim - José Nilton Mariano Saraiva

Ciro Gomes, como se sabe, após “assombrar” o Brasil ao afirmar na TV que o tucano José Serra era o mais preparado para o exercício da Presidência da República, posteriormente, de forma humilhante, voltou às mesmíssimas emissoras televisivas para desdizer o que houvera dito no dia anterior e, ainda, recomendar o voto em Dilma Rousseff, o que lhe valeu um tremendo e corrosivo desgaste não só junto aos seus decepcionados adeptos, mas, também, de toda a população brasileira (alguns, mais possessivos, tacharam-no de mau caráter, venal, vira casaca, e por aí vai).
De sua parte, em troca do apoio recebido quando se sagrou a primeira mulher habilitada pelo voto popular a exercer a Presidência da República, Dilma Rousseff honrou e cumpriu o compromisso que houvera pactuado antes, muito antes da eleição presidencial, reservando, na cota do PSB, o Ministério da Integração Nacional para o senhor Ciro Gomes (que, após fazer “charminho”, lá da Europa mandou avisar que resolvera aceitar, SIM, conforme recado transmitido pelo irmão-governador e porta-voz, à equipe dilmista).
Crítico mordaz do fisiologismo desbragado do PMDB, mas, paradoxalmente, dono de uma trajetória política sinuosa, conflitante e desprovida de qualquer resquício de coerência político/ideológico/programática (já transitou pelos díspares ARENA, PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB), o que o nivela aos integrantes daquele partido (PMDB), Ciro Gomes é, na verdade, um recalcitrante partidário do... “bloco dos Ferreira Gomes sozinhos”.
Tanto é que, agora, os dirigentes do PSB, à frente Eduardo Campos, governador de Pernambuco, deram-lhe um basta, avisaram que ali era “final de linha” para suas peraltices, acabaram com o joguinho de bate-assopra e mostraram-lhe que o partido tem hierarquia e não se presta a servir de trampolim para aventureiros de plantão, ao exigirem o Ministério da Integração Nacional (da cota do PSB) para um (autentico) dos seus quadros, o ex-prefeito de Petrolina, Fernando Bezerra. Para Ciro Gomes, quando muito, a Secretaria de Portos (e olhe lá).
Ofendido e chateado por ter sido preterido pelo próprio partido, Ciro Gomes (que há houvera aceito, SIM, o Ministério da Integração Nacional), tratou de plantar junto à imprensa o factóide de que estava “recusando” o convite da presidente Dilma Rousseff para aquela função, porquanto seu objetivo mesmo era o Ministério da Saúde.
Puro papo furado, conversa fiada, história pra boi dormir, já que o Ministério da Saúde nunca lhe esteve disponível. Assim, que fique bem claro: Ciro Gomes não recusou, mas foi, SIM, vetado, para o Ministério da Integração Nacional, pelo comando do PSB. Que, aliás, ainda foi comprovadamente magnânimo ao permitir-lhe indicar alguém do seu adstrito círculo para a Secretaria de Portos (até então dirigida por um seu subordinado), e aonde ele abrigará a grande incógnita do governo, o desconhecido atual prefeito de Sobral.
Resumo da história ??? Como Aécio Neves mais dia menos dia abandonará o PSDB (já que não se bica com a dupla FHC/Serra) e fundará (ou abrigar-se-á) (n)uma nova agremiação partidária, Ciro Gomes (se antes não for expulso) também dará adeus ao PSB e tentará viabilizar-se como vice do mineiro, numa futura chapa pra concorrer à Presidência da República, em 2014.
Só que aí eles baterão de frente com Lula da Silva, um dos maiores presidentes que o Brasil já teve, que estará de volta nos braços do povo para mais oito anos de “aulas práticas” de como se desenvolver uma nação redistribuindo renda.

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