Este blog foi inventado por mulheres com a ajuda de dois grandes sujeitos do masculino pleno. Por isso não é demais postar o que tantos já fizeram. Ouso cair na mesmice, mas a verdade é que me tomo por referência, cada prato de arroz com feijão tem um sabor do dia. Mesmo fazendo o mesmo vôo lá:
Ana Kessler: Eu me habilito.
Minha cara botão de rosa, vestida em pensamento de mulher prosa.
Eu me habilito.
A jamais cobrar a costela que me roubaste.
Quando Gabriel expulsou-me do Paraíso,
levei-o comigo, um pedaço, feito tu.
Quando nossas vozes chorou no exílio de Nabucodonosor,
o doce canto era teu.
Prometo-te todas as estrelas,
a lua também,
quando tudo farei,
mesmo não indo além.
A minha natureza é cortar os galhos da floresta para que teu corpo trilhe solto.
Se teu semblante guerreiro afrontar-me flecha,
dos cabelos mover-me sequer uma mecha.
Quando presidires o congresso dos homens,
conduza-os com teu pleno instinto que gesta.
A decisão que nutre,
o outro que se cria,
nem maior e nem menor,
apenas como tu és.
Pois de outra mulher,
mesmo feminista,
o laço não se armou,
estava fora,
na produção.
A vida,
movida,
tangida,
subidas,
descidas,
saltos e atrasos resumira-se a meras jornadas.
Estiradas,
sulcadas feito disco gravado,
repetidas qual o passado que fala pelo presente.
Não esteve,
em ti e nem em outra,
a correia que move as engrenagens fabris.
Pois o maior dos erros é pensar em ti como parte duma caterpilar que esmagava,
Com as garras de suas esteiras,
como se este fosse um gesto de gênero,
feminino ou não.
Habilito-me a curtir o couro que tuas mãos soltam monções de artesanatos,
Secar a madeira que lentamente espelhará o formato incerto que teu corpo esconde.
A alma que faz brigadeiros,
papos de anjo,
toucinhos do céu,
ajoelhando-me por ti.
Como tanto a teu cérebro frenético ou aquele que recusa sair da cama.
Tanto ao teu corpo nu,
como à fantasia de extrair-lhe espartilhos e sutiãs.
Se algo confuso estou,
nem sempre se deva a papel teu,
pois paixão também entontece.
Seja o que fores,
o que ainda estar por vir,
ou jamais virá,
vivo porque és mulher.
Afinal sou apenas um José do Vale apaixonado por vocês.
3 comentários:
Eita, homem lindo !
O homem que sabe fazer, e achar !
Por falar em fazer, gostaríamos que postasse "Cratíadas". Pode ser ?
UAU!!! Que mais poderia eu dizer diante de tanta beleza? Felizmente aqui somos livres para dizer o que queremos. Até as mesmices (o que não é o caso),as mais lindas, querem "estourar" na tela, MESMO!
Abraço de um VALE inteiro que adorou te ler.
Claude
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