Asas
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- Por Claude Bloc -
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Cortei minhas asas e as dei para ti, mesmo sabendo que não voltaria a voar.
Em pura busca deliberada de mim mesma ensinei-te a voar, mesmo sabendo que depois me esqueceria de como se voa.
As asas que me pertenceram sufocavam-me; perdi-me num espaço que não era meu. Subi bem alto e te deixei seguir teu rumo.
Pensei que nunca voarias sem mim, mas quando olhei para trás tu já tinhas saltado e abrias os céus com as asas que outrora foram minhas.
Deixaste atrás de ti um rastro de silêncio, irredutível drama de minh’alma...
Em pura busca deliberada de mim mesma ensinei-te a voar, mesmo sabendo que depois me esqueceria de como se voa.
As asas que me pertenceram sufocavam-me; perdi-me num espaço que não era meu. Subi bem alto e te deixei seguir teu rumo.
Pensei que nunca voarias sem mim, mas quando olhei para trás tu já tinhas saltado e abrias os céus com as asas que outrora foram minhas.
Deixaste atrás de ti um rastro de silêncio, irredutível drama de minh’alma...
Claude Bloc
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