O meu coração foi esmagado
por um moedor de cana.
Agora quem quiser garapa
terá de beber meu sangue.
As vampiras da minha rua
adoram a notícia.
Fazem fila.
Cada uma elegantérrima
com um canequinho de alumínio na mão.
" Seu moço, quanto custa
tua solidão tão doce?"
"Até a borda
sem gelo
é de graça,
madame."
Responde o torpe ambulante.
4 comentários:
Eu vim do além
e bebi um verso vermelho
doce, que nem garapa.
Garimpando a tua mina
eu acho a moagem da vida,
num engenho poético de sonhos
e realidades ...
Surrealismo !
Sacerdotisa,
carinhoso abraço...
E com gelo, quanto custa ? Cê sabe...com esse calor ...
Um abraço, Buñuel
PS:Um dos seus poemas que eu mais gostei.
Outro abraço
Corujinha Baiana,
escreve mais sobre tuas profundas
e encantadas reminiscências...
Carinhoso abraço.
Postar um comentário