Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 3 de março de 2010

Aldinha - por Maria Amélia Castro



2 de março, parabéns Aldinha !


Hoje, Alda Arraes de Alencar, a Aldinha, faria 89 anos...ela se foi fisicamente, em 2008, deixando-nos órfãos...não está mais pertinho da gente..como era bom, como era gostoso tê-la perto...mesmo assim, não ficamos um dia sem nos lembrar forte dela, sem recordar o sorriso generoso e franco, o olhar doce e protetor. Adinha foi muito importante para nós, suas reflexões da vida enchia-nos de sabedoria e curiosidade. Ela era uma pessoa muito espirituosa todo o tempo. Seu trabalho social na área em que atuava teve larga repercussão em Crato, ela abominava a palavra "injustiça", que não existia em seu vocabulário. Ela exercia a caridade ao pé da letra. Sabia reconhecer as limitações e as habilidades de cada um. Quantas saudades e quanta falta você está fazendo na Rua Dr. João Pessoa, 98, Aldinha. Como é difícil entender que naquela casa não existe mais você. Aldinha era adepta da qualidade total, do melhor queijo, das melhores frutas, da melhor carne, do melhor biscoito, do melhor pão, dos sabonetes e shampoos finos para todos aqueles com quem convivia. A preocupação com a higiene era grande, lembro-me muito bem ainda criança que todos os sábados os pentes da casa eram colocados de molho em uma bacia com água e sabão, os banheiros deviam estar limpíssimos, as roupas de cama e banho deviam estar impecáveis, trocadas toda semana. Isso, sem falar na higiene pessoal das crianças, com as unhas, cabelos, orelhas limpos como se fôssemos a uma solenidade. Foram esses hábitos saudáveis de higiene e educação que aprendi com você, além de muito mais coisas. As crises de coqueluche, lembro-me bem, a tosse atacava à noite...você era a primeira a chegar, vinha nos acudir noite após noite. Os nossos passeios subindo rio acima até o Pimenta eram inesquecíveis. Os velórios , as procissões, o canto no coral da Igreja de São Vicente são lembranças que eternizam você em nossos corações, Aldinha tia querida. São lembranças que ficaram registradas nos arquivos da saudade. Parabéns, Aldinha.

Maria Amelia Castro



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