Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quarta-feira, 3 de março de 2010

Biliu de Campina, um patrimônio vivo !



Biliu de Campina, um patrimônio vivo!

..."me sinto muito bem quando sou incluído na relação dos chamados artistas da terra, já que desconheço artistas de outros planetas, assim como: Plutão da Sanfona, Netuno do Rojão, Júpiter do Zabumba, ou os ETs do Forró". Biliu de Campina

Biliu de Campina é Severino Xavier de Sousa. Advogado de formação, música por vocação.
Filho de Campina Grande é ferrenho defensor de sua terra e de nossas tradições.
Permitam-me uma comparação, apenas para efeito figurativo: poderíamos dizer que ele é o Ariano Suassuna do forró nordestino. É um austero crítico das variações da música nordestina, como os chamados forró estilizado, forró universitário, etc.

Para ser mais preciso musicalmente, Biliu faz um forró mais puxado pro coco sincopado, ou simplesmente, o coco. Ritmo imortalizado por outros mestres como Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva. Ele faz muita referência, em sua obra, a Rosil Cavalcante, compositor que ainda não conheço, o que deverá ser resolvido muito em breve.

Tenho uma vaga lembrança de já ter escutado a música Nordeste Independente na voz dele.
Já procurei bastante, mas até hoje não encontrei nada.
Aliás, um dos motivos que faz a sua música ser tão dificil de encontrar, talvez seja sua "independência" convicta. Biliu é um exemplo do artista que não se vendeu para as gravadoras e assim manteve a coerência musical em seus álbuns.

..."a música nordestina está ficando poluída pela variedade de ritmos que estão misturando a ela, num trabalho de descaracterização da música genuinamente nossa que é o côco, o xaxado, o baião, o xote, entre outros, sendo o côco o pai de todos os ritmos.
Essa variedade de ritmos que existe na atualidade, na sua opinião, é uma forma que as produtoras encontraram para fabricar cantores e danças, a exemplo do que acontece com a lambada e o fricote, etc, Esse processo de criação de ritmos é efêmero e só visa o lado econômico da questão, sem se preocupar com a valorização da música nordestina".
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(em entrevista ao jornalista Orlando Ângelo em A União de 27/28 de maio de 1989) Fontes: http://biliudecampina.blogspot.com

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