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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sexta-feira, 5 de março de 2010

Elas estão em atividade ... - por Norma Hauer



Duas cantoras que marcaram nosso rádio, continuam em atividade, sem nunca terem abandonado sua arte.
Ambas nasceram em março com a diferença de apenas 1 ano.
São elas: Edília Luiza Reis ou simplesmente BIDU REIS , nascida em 6 de março de 1920 em São Paulo e ADEMILDE FONSECA, nascida em 4 de março de 1921 no Rio Grande do Norte.

Completando 90 anos no próximo sábado (dia 6) Bidu Reis será homenageada no programa “Onde Canta o Sabiá”, de Gerdal dos Santos, a partir das 8 horas da manhã, na Rádio Nacional. Falará sobre sua vida artística e mostrará algumas poesias e composições suas.
Ela representa aquela mulher ativa, que não se entrega, estando sempre presente como integrante da União Brasileira de Compositores e em todos os primeiros sábados de cada mês integrando, como poetisa, o programa “Onde Canta o Sabiá”.

Bidu Reis começou sua carreira formando, com Emilinha Borba, o conjunto “As Moreninhas”. Desfeito o grupo, Emilinha passou a cantar sozinha e Bidu dedicou-se mais à composição.
Relembrando seu tempo com Emilinha, deu para a cantora gravar em 1956, por ocasião das festas natalinas, sua canção “É Natal”.

Seus maiores sucessos, porém, foram o bolero “Interesseira”,em parceria com Murilo Lattini, gravado em 1957 pelo grupo “Os Seresteiros”, depois por Jairo Aguiar, mas que “estourou “ na voz de Anísio Silva e “Bar da Noite”, que marcou a carreira de Nora Ney.
Sozinha, ela gravou poucas músicas, sendo a mais importante uma versão do tango “A Media luz”.
Como continua em atividade, em seus 90 anos, ainda muito poderá fazer por nossas músicas e poesias.

ADEMILDE FONSECA, que completa 89 anos hoje, dia 4, ficou conhecida como a “Rainha do Chorinho”.

Ademilde veio para o Rio em 1941 e, no ano seguinte, já gravou, com Benedito Lacerda, o chorinho de Zequinha de Abreu “Tico-Tico no Fubá”, de um modo tão característico que imediatamente foi denominada de a “Rainha do Chorinho”, quando também interpretou “Apanhei-te Cavaquinho”; “Urubu Malandro” e “Brasileirinho”, este de Waldir Azevedo.
O chorinho “O Que Vier eu Traço” é considerado seu maior sucesso e ela tem de cantá-lo em qualquer lugar onde se apresenta. Se não o fizer...
Em 1967 tomou parte no 2° Festival Nacional da Canção, com “Fala Baixinho”, de Benedito Lacerda e Hermínio Belo de Carvalho

Em 1997, ao lado de Carmélia Alves, Nora Ney, Rosita Gonçalez, Violeta Cavalcanti e Zezé Gonzaga formou o grupo “As Eternas Cantoras do Rádio”, que se apresentou em vários teatros , principalmente no João Caetano.
O grupo foi-se modificando com o passar do tempo. Faleceram Rosita Gonçalez e Nora Ney.
Em 2004, por ocasião do centenário de Lamartine Babo, as “Cantoras do Rádio” fizeram apresentações no Teatro João Caetano, ao lado do jovem cantor Márcio Gomes, cantando músicas do famoso Lalá.
Nessa fase, ingressou no grupo a cantora Ellen de Lima.
Em 2007 faleceu Zezé Gonzaga e Violeta Cavalcanti afastou-se.
Hoje “as cantoras do rádio” estão resumidas em três: Ademilde Fonseca. Carmélia Alves e Ellen de Lima.

Assim em clubes e casas de “shows”, atualmente Ademilde se apresenta com sua filha (só as duas) ou fazendo parte de grupos de seresteiros.

Aos 89 anos, o “show” tem de continuar.
norma hauer

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