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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Capelinha do São José - Por Marcos Barreto de Melo


Passei por ti apressado
Sem a atenção merecida
Mas, de longe vi ao lado
O quanto estás envelhecida
Por teu povo desprezada
E pelo tempo esquecida
Vi que estavas mal tratada
E que hoje és pouco visitada

Dos meus tempos de criança
Guardo ainda a lembrança
Do quão fostes majestosa
Imponente e vistosa
Um calçadão em moldura
E as suas portas abertas
Convidavam o cristão
A momentos de oração

Não fiques triste comigo
Por tudo que agora digo
É que o tempo faz mudar
O jeito da gente olhar
Pois, conheço bem teu valor
E seu verdadeiro esplendor
Se pra outros sois pequena
Pra mim, serás sempre grande

Porque jamais vou esquecer
Daquele dia em que a dor
Logo cedo, ao amanhecer
Em mim veio se aninhar
Do dia em que, sem receio
Naquele distante abril
Abrigastes em teu seio
Do meu pai, seu corpo frio



4 comentários:

Carlos Eduardo Esmeraldo disse...

Alô Marcos!

Já de volta a Salvador. Parabéns pelo belo poema sobre nossa capelinha do São José. Suas palavras me tocaram profundamente.
Quantas lembranças de entes queridos que deram muita vida à capela e que hoje não mais estão por lá. Um grande abraço

Aloísio disse...

Marcos,
Agora que conheci a capela e lendo tua poesia entendo o porque de a valorizares tanto.
Mesmo misturado com as tuas duras recordações, fizeste uma bela poesia, refletindo a dualidade desta vida (alegria versus tristeza).
Parabéns!
Um forte abraço

Marcos Barreto de Melo disse...

Prezados Carlos,

De fato, essa capelinha tem muito de nossas vidas e nos traz muitas recordações.

Forte abraço,
Marcos

Marcos Barreto de Melo disse...

Amigo Aloisio,

Agora que você foi ao nosso Crato, poderá melhor enterder do que falo nestes versos.

Abraço,

Marcos