Bruno Pedroza - Foto: Antonio Vicelmo
Bruno Pedroza, natural de Lavras da Mangabeira, famoso na Europa, retorna ao Crato para rever a família
Crato Ele saiu de casa, na zona rural de Lavras da Mangabeira, com seis anos de idade e o nome de Raimundo Pedroza, ou melhor dizendo, Raimundinho. Hoje, Raimundinho é conhecido internacionalmente como Bruno Pedroza, um dos mais conhecidos artistas plásticos da Europa. O menino desengonçado, que nasceu e cresceu na bagaceira do engenho de seu avô, ouvindo histórias de mitos e lendas populares, intercaladas de informações sobre grandes artistas cearenses, entre os quais o pintor José dos Reis Carvalho e Vicente Leite, se transferiu para a cidade do Crato, onde encontrou um espaço aberto para sua vocação nas artes.
Na capital da cultura caririense, ele alimentou seus sonhos e utopias. Participou de eventos artísticos, estudou no Seminário São José. Inquieto, morou em Fortaleza, transferindo-se depois para o Rio de Janeiro, onde cursou a Escola de Belas Artes. Estudou arqueologia, filosofia e terminou como monge beneditino. Passou cinco anos no anonimato dentro de um convento. "Foi o momento mais rico de minha vida", afirma Bruno Pedroza. Deixou o mosteiro para se dedicar à arte.
Na década de 70, já famoso, Bruno resolve pagar uma velha dívida para com a cidade do Crato. Com o apoio de outros artistas, entre os quais Sinhá D´ Amora, Celita Vaccanie, além do então secretário de Cultura do Crato, João Teófilo Pierre, Bruno fundou o "Museu de Arte Vicente Leite", que conta com obras de artistas renomados: Sansão Pereira, Sérvulo Esmeraldo, Pedro Américo, Henrique Bernadeli, José dos Reis Carvalho, dentre outros.
Casou-se com a descendente de italiano, Elinor Perlingeiro Garnero, que apostou no talento do marido. Com o apoio financeiro do fundador da Rede Globo, Roberto Marinho, passou um ano na Itália. São 21 anos de Europa. Inicialmente morou em Cuneo, na região do Piemonte, onde nasceu seu sogro, o tenor Giovanni Garnero. Em 1991 se transferiu para Bassano del Grappa, cidade medieval vizinha a Veneza. Em 1994, iniciou o trabalho com esculturas em cristal de Murano, que o levou a estar presente no Corning Museum de Nova Iorque, no Museu de Arte en Vidrio de Alcorcón (MAVA) em Madri, e no Ebeltoftmuseet na Dinamarca. Vende seus trabalhos para todos os países da Europa, além de Estados Unidos e Japão.
Mais uma vez, o artista Bruno Pedroza está de volta ao Cariri. Veio rever a família, os amigos e o seu pai, que se encontra doente. Em companhia da filha Teresa, Bruno cumpre também um roteiro saudosista, revendo o riacho dos Machados, em Lavras da Mangabeira, onde viveu sua infância. Na entrevista, Bruno não se cansa de ressaltar a importância da figura de seu pai, Manoel André Pinheiro Pedroza, um vaqueiro do Vale do Machado, que sempre apoiou a sua opção de vida.
AMPLIAÇÃO
Crato Ele saiu de casa, na zona rural de Lavras da Mangabeira, com seis anos de idade e o nome de Raimundo Pedroza, ou melhor dizendo, Raimundinho. Hoje, Raimundinho é conhecido internacionalmente como Bruno Pedroza, um dos mais conhecidos artistas plásticos da Europa. O menino desengonçado, que nasceu e cresceu na bagaceira do engenho de seu avô, ouvindo histórias de mitos e lendas populares, intercaladas de informações sobre grandes artistas cearenses, entre os quais o pintor José dos Reis Carvalho e Vicente Leite, se transferiu para a cidade do Crato, onde encontrou um espaço aberto para sua vocação nas artes.
Na capital da cultura caririense, ele alimentou seus sonhos e utopias. Participou de eventos artísticos, estudou no Seminário São José. Inquieto, morou em Fortaleza, transferindo-se depois para o Rio de Janeiro, onde cursou a Escola de Belas Artes. Estudou arqueologia, filosofia e terminou como monge beneditino. Passou cinco anos no anonimato dentro de um convento. "Foi o momento mais rico de minha vida", afirma Bruno Pedroza. Deixou o mosteiro para se dedicar à arte.
Na década de 70, já famoso, Bruno resolve pagar uma velha dívida para com a cidade do Crato. Com o apoio de outros artistas, entre os quais Sinhá D´ Amora, Celita Vaccanie, além do então secretário de Cultura do Crato, João Teófilo Pierre, Bruno fundou o "Museu de Arte Vicente Leite", que conta com obras de artistas renomados: Sansão Pereira, Sérvulo Esmeraldo, Pedro Américo, Henrique Bernadeli, José dos Reis Carvalho, dentre outros.
Casou-se com a descendente de italiano, Elinor Perlingeiro Garnero, que apostou no talento do marido. Com o apoio financeiro do fundador da Rede Globo, Roberto Marinho, passou um ano na Itália. São 21 anos de Europa. Inicialmente morou em Cuneo, na região do Piemonte, onde nasceu seu sogro, o tenor Giovanni Garnero. Em 1991 se transferiu para Bassano del Grappa, cidade medieval vizinha a Veneza. Em 1994, iniciou o trabalho com esculturas em cristal de Murano, que o levou a estar presente no Corning Museum de Nova Iorque, no Museu de Arte en Vidrio de Alcorcón (MAVA) em Madri, e no Ebeltoftmuseet na Dinamarca. Vende seus trabalhos para todos os países da Europa, além de Estados Unidos e Japão.
Mais uma vez, o artista Bruno Pedroza está de volta ao Cariri. Veio rever a família, os amigos e o seu pai, que se encontra doente. Em companhia da filha Teresa, Bruno cumpre também um roteiro saudosista, revendo o riacho dos Machados, em Lavras da Mangabeira, onde viveu sua infância. Na entrevista, Bruno não se cansa de ressaltar a importância da figura de seu pai, Manoel André Pinheiro Pedroza, um vaqueiro do Vale do Machado, que sempre apoiou a sua opção de vida.
AMPLIAÇÃO
Pedroza doará novas peças ao Museu do Crato
Crato Na sua estada no Cariri, ele reviu o Museu de Artes do Crato, que passa por reformas. Em companhia do diretor do Museu, George Macário de Brito, e do arquiteto Waldemar Arraes de Farias, Bruno Pedroza esteve com o prefeito Samuel Araripe a quem prometeu a ampliação do acervo do museu com a doação de novas peças. "Agora, com mais experiência, eu tenho condições de montar um museu que seja uma referência para o Nordeste, capaz de concorrer com os melhores museus do Brasil", garante ele.
Ao assumir este compromisso, Bruno diz que é cratense de coração. "Foi aqui que estudei desde o primeiro ano até o fim da escola média, foi no Crato que descobri minha vontade de ser artista e onde estruturei minha personalidade cultural", diz ele, ressaltando que "voltar ao Crato é uma emoção que me acompanha até hoje, porque é um retorno ao período feliz da minha segunda infância e adolescência vividas no Bairro Pimenta, estudando no Grupo Escolar Teodorico Teles de Quental e no Seminário São José".
"Quando cresci um pouco mais e descobri que ser artista era meu projeto de vida, procurei me informar sobre arte e senti a falta que faz não ter um espaço onde um adolescente procure informação sobre arte. Volto para fortalecer o acervo do Museu de Artes daqui".
Fique por dentro
Crato Na sua estada no Cariri, ele reviu o Museu de Artes do Crato, que passa por reformas. Em companhia do diretor do Museu, George Macário de Brito, e do arquiteto Waldemar Arraes de Farias, Bruno Pedroza esteve com o prefeito Samuel Araripe a quem prometeu a ampliação do acervo do museu com a doação de novas peças. "Agora, com mais experiência, eu tenho condições de montar um museu que seja uma referência para o Nordeste, capaz de concorrer com os melhores museus do Brasil", garante ele.
Ao assumir este compromisso, Bruno diz que é cratense de coração. "Foi aqui que estudei desde o primeiro ano até o fim da escola média, foi no Crato que descobri minha vontade de ser artista e onde estruturei minha personalidade cultural", diz ele, ressaltando que "voltar ao Crato é uma emoção que me acompanha até hoje, porque é um retorno ao período feliz da minha segunda infância e adolescência vividas no Bairro Pimenta, estudando no Grupo Escolar Teodorico Teles de Quental e no Seminário São José".
"Quando cresci um pouco mais e descobri que ser artista era meu projeto de vida, procurei me informar sobre arte e senti a falta que faz não ter um espaço onde um adolescente procure informação sobre arte. Volto para fortalecer o acervo do Museu de Artes daqui".
Fique por dentro
Museu Vicente Leite
O Museu de Arte Vicente Leite possui um acervo de nomes importantes na história da arte vivida nos anos 50, 60 e 70, no Rio de Janeiro, berço das artes no Brasil. Era a época do entrosamento entre mestres, alunos, pais, filhos, amigos e conterrâneos. Uma geração laureada de medalhas, menções honrosas e prêmios de viagens ao Brasil e ao exterior. O Museu foi fundado em 1972, na gestão do prefeito José Miguel Soares, pelo idealizador Bruno Pedrosa e Sinhá D´Amora. Seu nome deu-se em homenagem ao artista cratense de grande talento, Vicente Leite. A pintora Sinhá D´Amora e a escultora Celita Vaccani foram as primeiras benfeitoras do museu, doando com desprendimento trabalhos belíssimos. O local conta com obras de artistas renomados como: Sansão Pereira, Sérvulo Esmeraldo, Pedro Américo, Henrique Bernadeli, José dos Reis Carvalho etc. As obras que compõem o acervo foram adquiridas por meio do idealizador Bruno Pedrosa e Sinhá D´Amora, que obtiveram total apoio de artistas colecionadores, amigos e autoridades de quem solicitaram trabalho, cooperação e ajuda financeira para a concretização do museu.
Antônio Vicelmo
Repórter
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=792993
O Museu de Arte Vicente Leite possui um acervo de nomes importantes na história da arte vivida nos anos 50, 60 e 70, no Rio de Janeiro, berço das artes no Brasil. Era a época do entrosamento entre mestres, alunos, pais, filhos, amigos e conterrâneos. Uma geração laureada de medalhas, menções honrosas e prêmios de viagens ao Brasil e ao exterior. O Museu foi fundado em 1972, na gestão do prefeito José Miguel Soares, pelo idealizador Bruno Pedrosa e Sinhá D´Amora. Seu nome deu-se em homenagem ao artista cratense de grande talento, Vicente Leite. A pintora Sinhá D´Amora e a escultora Celita Vaccani foram as primeiras benfeitoras do museu, doando com desprendimento trabalhos belíssimos. O local conta com obras de artistas renomados como: Sansão Pereira, Sérvulo Esmeraldo, Pedro Américo, Henrique Bernadeli, José dos Reis Carvalho etc. As obras que compõem o acervo foram adquiridas por meio do idealizador Bruno Pedrosa e Sinhá D´Amora, que obtiveram total apoio de artistas colecionadores, amigos e autoridades de quem solicitaram trabalho, cooperação e ajuda financeira para a concretização do museu.
Antônio Vicelmo
Repórter
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=792993
2 comentários:
laude,
Nosso amigo não vai gostar dessa foto sem dente. ...
Ficou tão contraido na UTI com seu pai que trincou os dentes e quebrou 2 bem na frete. Não se sentia avontade e falava para todos do acontecido.
Fazer o que, celebridade não tem direito de escolher fotos...
Maravilhoso ter postado a matéria por aqui.
Beijo !
Edilma,
Eu havia posto a foto porque foi essa que circulou no Diário do Nordeste com autoria (texto e foto) de Vicelmo.
Eu nem tinha percebido a falha, pois quando peguei a matéria já estava com sono.
Mas, pelo menos aqui no Cariricaturas a falha foi corrigida...
Abraços,
Claude
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