Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Cariricultuando - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Ânfora

Quando revolveres os guardados delas,
Lembre-se de tudo acontecer no singular,
Elas não gostam de generalidades,
São únicas, especialmente ela,
Não apenas ela,
Sobretudo ela,
Monoteísta,
Ela
A

Chico Nilton Buarque

Zé Nilton fará três programas sobre Chico. Bem ajustado volume ao tamanho da obra de Buarque. Falará de tantas alegrias ao som da Banda quando uma maré impressionante de casais deixava vazias as cadeiras das mesas e completavam o salão de dança. Certo que do protesto lamuriente da poesia de Ruy Guerra, tão lusitana e tão de Hollanda. Zé Nilton o mais Chico dos nossos compositores e cantores.

Flor Edilma Flor

Ah! Minha flor fotografar-te, sem ter de gastar com filmes e revelação é tão fácil, são tantos bytes e tantas flores no olhar. Mas ser Edilma é outra coisa, pode ser flor, mas não bytes e menos ainda um átimo de clique. Embora clique, Edilma tem o enunciado do longo período que se dobra no vale dos Cariris e envergava a alma como um balé subindo a chapada. Um clique de Edilma, uma flor por fixação de um momento.

Pedrinho: um cambiteiro urbano

Aquele corpo magro, rápido sobre o piso da calçada, célere como seus cumprimentos e agudos como suas idéias. Se algo havia, hoje existem as lentes de contato, eram seus óculos grossos que pareciam remexer os segredos da alma do seu interlocutor. Pedrinho é um cambiteiro urbano. Futuca a pasmaceira pequeno burguesa do Crato deitado num berço que não é esplêndido, com a tinta descascada e as pernas roídas por cupim. Pedrinho é cambiteiro na raiz do conceito: aquele objeto feito da bifurcação. Pedrinho bifurca o discurso único do tronco principal.

Emerson de sisudas noites

Emerson é concentrado. Ele caça nos montes. Silencioso e muito sério. Mesmo quando ri não gargalha, em recato de não espantar o momento. O tempo para este Monteiro não é uma passar de ampulheta. É uma trama na qual ele é autor, ator dos elementos presentes, ausentes e subentendidos. Basta ir com ele numa noite de domingo.

5 comentários:

Edilma disse...

Do Vale,

Muita gentileza Caricaturar na minha imagem de flor.
Hoje sinto-me tocada pelo espinho que insiste em ficar presente.

Abraço !

Zé NIlton disse...

Muita gentileza sua em me cariricutuar no seu cariricultuando. Bom feriadão!

Emerson Monteiro disse...

José,

Bom ser lembrado. Mais ainda quando isto acontece de alguém que preserva com carinho o íntimo sabor das palavras.

Abraço.

Claude Bloc disse...

Zé do Vale,

Vale a pena dizer do quanto suas palavras jogam com nossa sensibildade e conseguem fazer explodir sorrisos mais sinceros.

Você sabe como ninguém jogar com as nossas emoções, percepções e, igualmente, põe-se a ativar, quando escreve, nosso sensor de observação sobre as coisas e sobre o mundo em que circulamos. Assim, viajamos juntos nesse transatlântico caririca(p)turado, confortando uma amizade imorredoura.

Abraço sincero,

Claude

socorro moreira disse...

Abri meu coração/bolsa de afetos
Dançam e cantam ,num espaço único.
Apenas um , proseia
em todos elos !
E assim será ...
Porta escancarada
pra dentro do meu mundo.