Vejam só o que é capaz de nos propiciar o tabuleiro político, mormente quando relações internacionais estão em evidencia: sabe-se que, semanas atrás, Barack Obama, o jovem presidente americano, de próprio punho escrevera e enviara carta ao presidente do Brasil, Lula da Silva, incentivando-o e estimulando-o a investir firmemente nas tratativas objetivando um acordo sobre a produção de urânio, enriquecido para fins pacíficos, por parte do Irã (até mesmo porque o Brasil também pretende fazer o mesmo, num futuro já bem próximo). Intermediando o acordo e até para que houvesse uma testemunha qualificada quando do encontro dos chefes de estado dos dois países, fez-se presente um ministro turco, futuro depositário do mineral iraniano.
Em tempo recorde, o prego foi batido, a ponta virada, o acordo sacramentado (após diuturnas reuniões, olho-no-olho, dos dois presidentes), e a repercussão imediata: jornais, rádios, revistas, televisões e blogs de todo o mundo anunciaram, em primeira chamada, que o Brasil – a bola da vez, por tudo que tem realizado, em várias frentes - houvera conseguido o tão almejado acordo, na base do diálogo, da boa vontade, da compreensão e do respeito mútuos, coisa que as nações desenvolvidas jamais o fizeram usando a força, a intimidação, a forçação de barra.
Foi a “gota d’agua” que fez transbordar o copo, o “cisco” perturbador no olho do gigante ferido. Enciumados, os “xerifes” do mundo (americanos), à frente a fria, antipática e indeglutível secretária-de-estado Hillary Clinton, certamente que instruída pelo “chefe”, botou a boca no mundo tentando descredenciar e desqualificar o feito brasileiro. E para tanto, a fim de mostrar “quem manda e desmanda em quem” na aldeia global, as potencias Rússia, China, França e Inglaterra, que inicialmente haviam aplaudido e tecido loas à iniciativa brasileira, coagidas e obrigadas foram a desdizer o que haviam afirmado, mesmo que para isso tenham recebido (evidentemente que por baixo dos panos), mimos e favores outros.
Assim, a tendência é que os termos do acordo firmado entre Brasil e Irã (com intermediação da Turquia), sejam vergonhosa e solenemente ignorados, ao tempo em que já se anunciam novas e pesadíssimas sanções contra o regime dos “rebeldes aiatolás” iranianos. A razão disso tudo ??? Memorizem, recortem, guardem e nos cobrem depois: o longínquo Irã, mais cedo ou mais tarde, receberá a indesejável visita-surpresa do monumental poderio bélico americano, objetivando a tomada e a “posse” das suas fabulosas reservas petrolíferas. Ou não fizeram o mesmo com o Iraque, meses atrás, mesmo que para tanto hajam difundido mentiras deslavadas e executado o seu presidente, com transmissão ao vivo e a cores, para aterrorizar todo o mundo ???
A se lamentar, aqui na nossa província, a postura de subserviência, de babação, de obediência cega aos ditames americanos, por parte de publicações e “formadores de opinião” (???) devidamente enquadrados, já que orquestradamente defensores da idéia de que devamos nos contentar com a humilhante condição de errante satélite a orbitar passiva e “ad extremum” ao redor do astro rei, primeiro e único – a nação americana.
É o tal do “complexo de vira-latas”, preconizado há décadas por Nelson Rodrigues, um dos ícones da nossa literatura, que a essa altura deve está a remexer-se ensandecido no túmulo, contemplando a facilidade com que Barack Obama bate e assopra, cultua e renega, agride e beija.
Em tempo recorde, o prego foi batido, a ponta virada, o acordo sacramentado (após diuturnas reuniões, olho-no-olho, dos dois presidentes), e a repercussão imediata: jornais, rádios, revistas, televisões e blogs de todo o mundo anunciaram, em primeira chamada, que o Brasil – a bola da vez, por tudo que tem realizado, em várias frentes - houvera conseguido o tão almejado acordo, na base do diálogo, da boa vontade, da compreensão e do respeito mútuos, coisa que as nações desenvolvidas jamais o fizeram usando a força, a intimidação, a forçação de barra.
Foi a “gota d’agua” que fez transbordar o copo, o “cisco” perturbador no olho do gigante ferido. Enciumados, os “xerifes” do mundo (americanos), à frente a fria, antipática e indeglutível secretária-de-estado Hillary Clinton, certamente que instruída pelo “chefe”, botou a boca no mundo tentando descredenciar e desqualificar o feito brasileiro. E para tanto, a fim de mostrar “quem manda e desmanda em quem” na aldeia global, as potencias Rússia, China, França e Inglaterra, que inicialmente haviam aplaudido e tecido loas à iniciativa brasileira, coagidas e obrigadas foram a desdizer o que haviam afirmado, mesmo que para isso tenham recebido (evidentemente que por baixo dos panos), mimos e favores outros.
Assim, a tendência é que os termos do acordo firmado entre Brasil e Irã (com intermediação da Turquia), sejam vergonhosa e solenemente ignorados, ao tempo em que já se anunciam novas e pesadíssimas sanções contra o regime dos “rebeldes aiatolás” iranianos. A razão disso tudo ??? Memorizem, recortem, guardem e nos cobrem depois: o longínquo Irã, mais cedo ou mais tarde, receberá a indesejável visita-surpresa do monumental poderio bélico americano, objetivando a tomada e a “posse” das suas fabulosas reservas petrolíferas. Ou não fizeram o mesmo com o Iraque, meses atrás, mesmo que para tanto hajam difundido mentiras deslavadas e executado o seu presidente, com transmissão ao vivo e a cores, para aterrorizar todo o mundo ???
A se lamentar, aqui na nossa província, a postura de subserviência, de babação, de obediência cega aos ditames americanos, por parte de publicações e “formadores de opinião” (???) devidamente enquadrados, já que orquestradamente defensores da idéia de que devamos nos contentar com a humilhante condição de errante satélite a orbitar passiva e “ad extremum” ao redor do astro rei, primeiro e único – a nação americana.
É o tal do “complexo de vira-latas”, preconizado há décadas por Nelson Rodrigues, um dos ícones da nossa literatura, que a essa altura deve está a remexer-se ensandecido no túmulo, contemplando a facilidade com que Barack Obama bate e assopra, cultua e renega, agride e beija.
6 comentários:
José Nilton Mariano:
Parabéns! Gostei do seu texto.
Boa presença, ótimo texto, J. Nilton!
Abraço,
Claude
Primo Saraiva,
Agora estamos nós que escrevemos historias do nosso passado no Crato, Serra Verde, Assaré, Recife, Fortaleza...Poemas de amor, desamor e o dia de amanhã, até receitas da culinária, as meninas... kkkk... aprendendo politica escrita de maneira tão simples que até nos parece fácil entender. Temos mais alguem além de José do Vale para colocar um pouco de seriedade, verdade e conhecimento politico no Cariricaturas.
Texto maravilhoso!
Entrou botando prá quebrar
Parabéns !
Grande abraço!
Caro Mariano
Quem não se lembra do propalado aresenal bélico do Iraque, prestes a explodir sua temivel "bomba atômica" no terreiro do mundo livre? E até hoje ainda não se encontrou esse arsenal que justificou a invasão do Iraque.
Se os americanos temem tanto a bomba atômica e têm medo de outros fazerem-na explodir em suas cabeças, por que não dá fim ao seu próprio arsenal mortífero? Para futuramente usá-lo contra o resto do mundo, como fizeram em Hiroshima?
Quanto a nossa imprensa ela é totalmente subserviente ao "grande satã".
Parabéns,muito bem escrito,não sei escrever,mas,sei ler,assino também as suas palavras,abraço.
Agradecemos a todos pelo incentivo.
Sigamos em frente.
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