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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Por Norma Hauer

A DEUSA DA MINHA RUA
Ele nasceu no dia 9 de julho de 1901, filho de pais libaneses, aqui no Rio e se tornou grande letrista de nossa música popular. Seu nome JORGE FARAJ.
Era aquele que tomava o trem das professoras como "um vagalume atrás dos astros", vindo da boemia.
Ele de fato fazia o que cantou em sua música "Professora" e a professora verdadeira, sabendo do caso, quis conhecê-lo, mas o achou feio e não se interessou por aquele poeta feio por fora, mas belo por dentro.
Despresou-o.
Hoje nem sabemos quem era ela, mas sabemos que Jorge Faraj foi um dos grandes letristas da MPB, compondo, ao lado de Newton Teixeira, "A Deusa da Minha Rua", onde uma "poça dágua era o espelho de sua mágoa"

Também cantou aquela que "era do morro a mais famosa flore que todo mundo cantava em seu louvor, todo mundo "Menos Eu".
Com Custódio Mesquita compôs "Preto Velho", cuja sombra passava e todo mundo fazia chalaça".
Com Benedito Lacerda compôs "É Quase a Felicidade" e ".. E a Saudade Ficou"... lâmpada triste..." Com Roberto Martins compôs "Último Beijo", a música que me fez "descobrir" Carlos Galhardo.
Jorge Faraj, como muitos de sua época,era um boêmio, que trocava o dia pela noite e acabou tuberculoso, mas para alguém que adquiriu essa terrível doença, viveu bastante: 62 anos.

Lembro-me que quando ele faleceu, apenas uma pequena nota saiu nos jornais, assim:"foi sepultado ontem, no Cemitério de Irajá, o compositor Jorge Faraj, autor de "Professora".
E nada mais!
Fosse ele "americano" daquele país ao norte do Equador, a notícia sairia com "letras garrafais".

Jorge Faraj faleceu em 11 de junho de 1963. como foi dito,aos 62 anos.

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