Posso morrer, mas desta viva não me queixo
E na toada vou dizer tudo que deixo
Deixo um roçado bonitinho e bem cuidado
Uma galinha com pintinhos no cercado
Deixo o riacho e o murmúrio da cascata
A noite linda do sertão banhado em prata
Deixo cantando um passarinho em cada galho
E deixo a honra de uma vida de trabalho
Rosa bonita, caboclinha linda flor
Não chores nunca minha falta, por favor!
Rosa bonita, caboclinha linda flor
Só jogues flores pra enfeitar o nosso amor!
Posso morrer, mas esta vida não lamento
Quem morre pobre deixa pouco em testamento
Deixo uma vaca e uma cabra bem gordinha
e uma palhoça de sapé já pintadinha
Deus me perdoe, mas só quero por direito
Levar comigo a viola junto ao peito
Se alguém ouvir uma voz triste à beira rio
Sou eu cantando com o luar um desafio
ESTA BELA TOADA-BAIÃO FOI GRAVADA POR LUIZ GONZAGA EM 1960.
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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2 comentários:
Amigo,
Senti sua falta.
Abraço carinhoso.
Marcos,
É bom ver você aqui de novo. Você sempre trazendo à tona pérolas raras.
Parabéns
Aloísio
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