Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dezembro - Página Mitológica

Decem era o décimo mês do antigo calendário romano. Seu nome também surgiu como uma homenagem à deusa Décima, uma das Parcas – as Senhoras do Destino -, a regente do presente e tecelã do fio da vida, equivalente à deusa grega Clotho.
O nome anglo-saxão do mês era Aerra Geola, o irlandês, Mi Na Nollag e o nórdico, Wintermonath ou Heilagmonath. No calendário druidico, a letra Ogham é Luís e a árvore a sorveira. Os povos nativos norte-americanos denominaram este mês de Lua Fria, Lua do Logo, Lua das Longas Noites, Lua do Uivo dos Lobos, Lua do Carvalho, Lua do Inverno, Lua das Árvores que Estalam e Mês Sagrado.
A mais importante celebração deste mês é o solstício de inverno no hemisfério norte, festejado pelos povos europeus como o Sabbat Yule ou Alban Arthuan. Em várias tradições e lugares no mundo antigo, o solstício era lembrado juntamente com os mitos das deusas virgens dando à luz aos seus divinos filhos solares, como Osíris, Boal, Attis, Adonis, Hélio, Apolo, Dionisio, Mithras, Baldur, Frey e Jesus. Na tradição romana, este data chamava-se Dies Natalies Soles Invictus ou o Dia do Nascimento do Sol Invicto e todos os deuses solares receberam títulos semelhantes, como a Luz do Mundo, o Sol da Justiça, O Salvador. As celebrações atuais do Natal são uma amálgama de várias tradições religiosas, antigas e moderna, pagãs, judaicas, zoroastrianas, mitraicas e cristãs.
Na antiga Babilônia, existiam doze dias entre os solstício e o Ano Novo. Era um tempo de dualidades, oscilando entre o caos e a ordem. Os romanos concretizavam essa ambigüidade no famoso festival Saturnália, as festas dedicadas aos deus do tempo Saturno e à sua consorte, a deusa da fertilidade Ops. Durante oito dias, as regras sociais eram revertidas, patrões e escravos trocavam de funções e roupagens, ninguém trabalhava, todos festejavam. O último dia do festival, chama-se Juvenália, dedicado ás crianças, que recebiam agrados, presentes e talismãs de boa sorte.
Nos países do Oriente Médio, a Deusa- Mãe, Senhora do Céu e das Estrelas – conhecida como Astarte, Athar, Attar Samayin ou Ashtoreth -, era celebrada, desde os tempos neolíticos nesta época do ano.
Nos países anglo-saxões, essas celebrações permaneceram, como o Modresnacht, “A Noite da Mãe”, cujos costumes ainda sobrevivem nos festejos natalinos atuais em simbolismos como a Árvore de Natal, decorada como a Árvore do Mundo, a estrela em seu topo, representando a Deusa Estelar, a ceia farta e os presentes sob a árvore lembrando as oferendas e os agradecimentos dos homens à Grande Mãe.
Na Escócia, a véspera do Ano Novo é chamada Hogmanay, sendo celebrada com comidas típicas e procissões de homens vestindo peles e chifres de animais, reminiscências das antigas tradições xamânicas, assim como as renas, o duende e o próprio xamã metamorfoseado em Papai Noel.
Nos países eslavos, o Festival Koleda ou Kutuja, começava no solstício e durava dez dias, celebrando o renascimento da Lada, a deusa do amor, da fertilidade e da juventude.
Na Europa, a deusa solar Lucina era comemorada com procissões de moças vestidas de branco e coroadas com velas acesas. A antiga deusa maia Ix Chel era homenageada no México, com procissões e rituais para abençoar os campos e embarcações.
Os incas celebravam Capac Raymi, o festival magnífico e Huara Chico, os ritos de iniciação dos meninos. Na Polinésia, no solstício de verão, celebrava-se Parara’a Matahiti, o Festival das Primeiras Frutas.
Neste mês, os judeus celebram, até hoje, o Festival das Luzes, chamado Hannukah, no qual se acende diariamente uma nova vela branca em um castiçal de nove braços. Comemora-se o antigo milagre da reconquista do Templo de Jerusalém, há dois mil anos.
Dezembro representa o fechamento de um ciclo, um período para refletir sobre o ano que passou. Na avaliação daquilo que passou e na expectativa de um novo ano, repete-se o momento mítico da passagem do caos para a ordem. A Roda do Ano pára, entra-se em um novo limiar, no limite entre os tempos e os mundos, quando torna-se possível refazer o mundo.

Fonte:http://evolucaoespiritual1.blogspot.com/

2 comentários:

Paulo Tamburro disse...

OLÁ SOCORRO!

Que texto fantástico, educativo, escrito com uma incrível facilidade para a leitura, apesar de não ser um assunto do dia-a dia.

Mes parabéns, fico realmente satisfeito quando vejo isto, em blogs.

Vou inclusive indicar seu blog para alguns dos meus alunos universitários.

Aproveito a oportunidade para convidar você a conhecer meu blog de humor: HUMOR EM TEXTO.

A crônica da semana é: "DOUTOR, FUI ESTUPRADO".

Aqui vai um pequeno trecho e se gostar, ficarei honrado com sua prsença, pois somos uma imensa família com mais de 1200 seguidores.

Confira:

"No melhor estilo de Nelson Rodrigues, um dos maiores dos nossos dramaturgos , um rapaz de 22 anos entra na delegacia do Leblon e queixa-se para o delegado:

-Doutor fui estuprado.

O delegado olha bem aquele rosto e com uma indisfarçável inveja reconhece lesões arroxeadas no pescoço, e marcas de dentes no rosto da vitima e pergunta:
-O corpo todo está assim?
- Está doutor..."

Estou lhe esperando.

Combinado?

socorro moreira disse...

Obrigada , Paulo !

Seja sempre bem-vindo !

Abraços.