Fecho bem os olhos
e vejo a clareza do abismo
sem volta,
sem testemunho.
Os cabelos brancos,
o coração enlouquecido.
Junto conchas,
chuto seixos
ora cabisbaixo,
ora queimando a vista.
O céu tão azulado
quanto aquele lençol
do hospital.
As xícaras da infância,
os odores dos meus avós.
Fecho bem os olhos
e tudo que vejo -
um velório na esquina,
um saco plástico cruzando a praça.
e vejo a clareza do abismo
sem volta,
sem testemunho.
Os cabelos brancos,
o coração enlouquecido.
Junto conchas,
chuto seixos
ora cabisbaixo,
ora queimando a vista.
O céu tão azulado
quanto aquele lençol
do hospital.
As xícaras da infância,
os odores dos meus avós.
Fecho bem os olhos
e tudo que vejo -
um velório na esquina,
um saco plástico cruzando a praça.
Um comentário:
Meu pai com um "fumo" no bolso da camisa, e uma tristeza infinda.
Esse poeta me faz lembrar das flores.
Abraços.
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