Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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domingo, 26 de julho de 2009

Sant'Ana e São Joaquim - Dia dos Avós

São Joaquim e Santa Ana

Comemora-se o Dia dos Avós em 26 de julho, e esse dia foi escolhido para a comemoração porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.
Mas o papel dos avós na família vai muito além dos mimos dados aos netos, e muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.
As avós são também chamadas de “segunda mãe”, e muitas vezes estão ao lado e mesmo à frente da educação de seus netos, com sua sabedoria, experiência e com certeza um sentimento maravilhoso de estar vivenciando os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações.
Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.
São João Damasceno escreveu de um sermão maravilhoso sobre os avós de Jesus, pais de Nossa Senhora nos mostrando a grandeza desta família que gerou e formou aquela que é a Bem Aventurada Virgem Maria.
“Ó feliz casal, Joaquim e Ana, sem qualquer mancha! Pelo fruto de vossas entranhas sereis conhecidos, como o Senhor disse uma vez: 'por seus frutos os conhecereis'. Conservando a castidade prescrita pela lei da natureza, alcançastes de Deus aquilo que supera a natureza: gerastes para o mundo a mãe de Deus.
Vós vivendo santamente, segundo a natureza humana, destes à luz uma filha superior aos anjos de agora, rainha dos anjos.
Ó casal feliz, Joaquim e Ana. A vós toda a criação se sente agradecida. Pois por vós ofereceu a mais valiosa dádiva das dádivas ao Criador, a mão pura, única digna do Criador.”
A tradição diz que Joaquim nasceu em Nazaré, e casou-se com Anna quando ele era jovem. Ele era um rico fazendeiro e possuía um grande rebanho. Como não tivessem filhos durante muitos anos Joaquim era publicamente debochado, (não ter filhos era considerado na época uma punição de Deus pela sua inutilidade). Um dia o padre do templo recusou a oferta de Joaquim de um cordeiro e Joaquim foi para o deserto e jejuou e rezou por 40 dias.
O Pai de Ana teria sido um judeu nômade chamado Akar que trouxe sua mulher para Nazaré com sua filha Anna. Após o casamento de sua filha com Joaquim também ficou triste de não terem sido agraciados com netos. Ana chorava e orava a Deus para atendê-la. Um dia ela estava orando e um anjo disse a ela que Deus atenderia as suas preces.
O anjo disse ainda que o filho que teriam seria honrado e louvado por todo o mundo. Anna teria respondido; “Se Deus vive e se eu conceber um filho ou filha será um dom do meu Deus e eu servirei a Ele toda a minha vida”.
O anjo disse a ela para ir correndo encontrar com o seu marido o qual, em obediência a outro anjo, retornava com o seu rebanho. Eles se encontraram em um local que a tradição chama de Portão de Ouro. Santa Anna deu a luz a Maria quando ela tinha 40 anos. É dito que Anna cumpriu a sua promessa e ofereceu Maria a serviço de Deus, no templo, quando ela tinha 3 anos. De acordo com a tradição ela e Joaquim viveram para ver o nascimento de Jesus e Joaquim morreu logo após ver o seu Divino neto presente no Templo de Jerusalém.
Maria ao nascer no dia 08 de setembro de um ano desconhecido, não só tirou dos ombros dos pais o peso de uma vida estéril, mas ainda recompensou-os pela fé, ao ser escolhida no futuro para ser a Mãe do Filho de Deus.
O Imperador Justiniano construiu em Constantinopla, uma igreja em honra de Santa Ana lá pelos anos de 550. Seu corpo foi trasladado da Palestina para Constantinopla em 710 e algumas porções de suas relíquias estão dispersas no Oeste. Algumas em Duren Rheinland-(Alemanha), em Apt-en-Provence, (França) e Canterbury (Inglaterra).
O culto litúrgico de Santa Ana apareceu no sexto século no leste e no oitavo século no Ocidente. No século décimo a festa da concepção de Santa Ana era celebrada em Nápoles e se espalhou lá pelos anos de 1100 d.C e daí por diante até século 14, quando o seu culto diminui pelo crescente interesse pela sua filha, a Virgem Maria.
A princípio apenas Santa Ana era comemorada e, mesmo assim, em dias diferentes no Ocidente e no Oriente. Em 25 de julho pelos gregos e no dia seguinte pelos latinos. A partir de 1.584, também São Joaquim passou a ser cultuado, no dia 20 de março. Só em 1.913 a Igreja, determinou que os avós de Jesus Cristo deviam ser celebrados juntos, no dia 26 de julho.

(Luís Fernando Custódio Ferreira )

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