Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O vaqueiro que derruba - por José do Vale Pinheiro Feitosa



Isso ficou esquecido num cantinho qualquer de comentário. Recupero para que todos os touros reconheçam o destino líquido e certo do vaqueiro.


E touro brabo da caatinga,
nunca lanço me apanhou,
qualquer vivente me derrubou,

Mas se fosse este vaqueiro,
todas a carga ia pru chão,
do dedo do pé ao coração.

Prisioneiro de movimentos,
mão que deita ferro quente,
sou marca das posses dela.


Desafio respondido:

touro brabo da caatinga,
nunca lanço me apanhou,
qualquer vivente me derrubou,

-Touro brabo, de repente
-levou poeira e vento
-pelo sertão sofredor

Mas se fosse este vaqueiro,
todas a carga ia pru chão,
do dedo do pé ao coração.

- Este/a vaqueiro/a é manso/a
- que nem flor de mandacaru
- touro babo, me ensina
- a ser brabo como tu

Prisioneiro de movimentos,
mão que deita ferro quente,
sou marca das posses dela.

- Ferro quente não te marca
- não te marca ferro quente
- quem marca, a bem da verdade,
- é a saudade da gente


Abraço,

A Vaqueira

2 comentários:

Glória Pinheiro disse...

Confesso. Senti saudades desses tempos! Lembro-me vagamente deste "episódio", hein, Claude? Você sempre cheia de criatividade.
Abraço

Claude Bloc disse...

E touro brabo da caatinga,
nunca lanço me apanhou,
qualquer vivente me derrubou,

-Touro brabo, de repente
-levou poeira e vento
-pelo sertão sofredor

Mas se fosse este vaqueiro,
todas a carga ia pru chão,
do dedo do pé ao coração.

- Este/a vaqueiro/a é manso/a
- que nem flor de mandacaru
- touro babo, me ensina
- a ser brabo como tu

Prisioneiro de movimentos,
mão que deita ferro quente,
sou marca das posses dela.

- Ferro quente não te marca
- não te marca ferro quente
- quem marca, a bem da verdade,
- é a saudade da gente



Abraço,

A Vaqueira