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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Oscar Peterson - canadense de Montreal



Oscar Peterson, canadense de Montreal, nasceu no dia 15 de agosto de 1925 e começou estudando piano clássico aos seis anos. Quando completou quatorze, ganhou um concurso amador e passou a trabalhar regularmente num show de uma rádio local. Com o tempo, ficou famoso na sua cidade, fato esse que não o animava a deixar Montreal.

Mas em 1949 foi persuadido por Norman Granz a integrar a sua trupe "Jazz at the Philharmonic", que excursionava pelos Estados Unidos com celebridades como Roy Eldridge, Zoot Sims e Ray Brown.

Seu sucesso foi imediato, causando enorme empatia com o público jazzístico, fato esse que o fez ganhar várias vezes como melhor pianista, na revista Downbeat, durante os anos 50.
A sua maior popularidade vinha dos trios: o primeiro era formado pelo guitarra de Herb Ellis e o baixo de Louis Hayes; o segundo e também o mais famoso, tinha Ray Brown no baixo e Ed Thigpen na bateria, durou de 1959 a 1965; o terceiro era formado por Sam Jones no baixo e Bob Durham na bateria, durou até 1967.

A partir dessa data, Peterson passou a realizar trabalhos mais pessoais, principalmente através de solos ou duetos, como o gravado com o guitarrista Joe Pass, em Paris, na sala "Le Pleyell". Eventualmente, em excursões, tocava com trios ou quartetos; quando esteve no Brasil no final dos anos 80, o seu trio era formado por David Young no baixo e Martin Drew na bateria.

Muito se tem falado sobre o estilo de interpretação de Peterson; o crítico James Collier o define como eclético. Quando executa suas baladas, se assemelha a Art Tatum, quando toca bebop, lembra Bud Powell; sem contar as influências que teve de músicos como Errol Garner e Teddy Wilson.

Oscar Peterson é um improvisador de muito swing e forte personalidade e, afora a repetição de alguns clichês, sua música é conhecida pela força e vitalidade de seu toque.



Fonte: http://www.clubedejazz.com.br/



2 comentários:

Dihelson Mendonça disse...

É apenas uma curiosidade da minha história com a música, que em 1982, ao estudar piano clássico, descobri acidentalmente um disco do Oscar Peterson, e senti um choque! Passei dias sem dormir direito, empolgadíssimo e maravilhado com a descoberta. Eu pensei:

"ESSE É O SOM"

É isso aí que eu quero para mim. Estava descoberto o Jazz! E de lá para cá vieram todos os outros que considero que foram meus professores. Se eu tenho algum mérito na vida, eu citaria que o maior deles, foi ter aprendido tudo o que eu sei e entendo da música que faço, sem auxílio de professor. Tive boas noções de mexer nas teclas com a professora Diana Pierre, mas meu maior professor foi a própria MÚSICA. Ela, a música me ensinou, através desses mestres. Aqui, na década de 80, neste sertão brabo, sem nenhum livro, sem numa concorrência desleal, em que os jovens do mundo inteiro iam para a Bercklee College e a Julliard School, eu tive de reinventar a roda, deixando de tocar "saudades de matão" e do-re-mi-fá-fá-fá, para tocar Charlie Parker, Oscar Peterson, Bill Evans, Miles Davis, Coltrane, etc...

Esses caras, dia após dia me ensinaram o que eu sei hoje, e neste sertão imenso, sem livros nem nem Bercklee , onde se estuda 12 horas por dia, eu pude aprender tudo sozinho, apenas escutando os discos. Tirando músicas dos discos, nota por nota e analisando, digerindo, aprendendo harmonia, improvisação, e se integrando com o mundo. Fico feliz por hoje em dia, meu "Jazz" ser elogiado por gente da própria Bercklee, quando recebi em 1988, um convite para entrar já como monitor da Bercklee, o que recusei, por não querer sair do Brasil na época.

Comecei como uma pessoa cega que quer ir para o norte e sem saber, vai para o sul. Sofri muito para aprender o que aprendi, pois foi tudo dsozinho, com muita garra e determinação. E voltando ao início da postagem, só tenho a agradecer aos meus verdadeiros mestres, que me ensinaram cada um, uma coisa, e que a lista é imensa, mas alguns nomes precisam ser mencionados:

Oscar Peterson
Charlie Parker
Dizzie Gillespie
Miles Davis
Chet Baker
Bill Evans
Chick Corea
Herbie Hancock
Keith Jarrett
Claire Fischer
John Coltrane
Frederic Chopin
Ludwig van Beethoven
Bach
FRANZ LISZT
Schumann
Claude Debussy
Maurice Ravel
Igor Stravinsky
Fauré
Alexander Scriabin
Tchaikovsky
Rachmaninov
...

E a lista vai longe...

Mas por uma coincidência do destino, aquele que disse ao meu coração o sentido da Música, o Oscar Peterson, nasceu exatamente, no dia 15 de agosto, o dia do meu aniversário.

Dihelson Mendonça

Dihelson Mendonça disse...

Grande e Eterno Oscar Peterson. Foi meu primeiro mestre do que eu toco hoje. A humanidade agradece por sua música.

Salve. Salve Salve!!!

Com carinho, onde você quer que esteja,

Dihelson Mendonça