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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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quinta-feira, 24 de setembro de 2009
A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA GRECO-CRISTÃ NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
“o que menos se sabe a respeito de qualquer coisa é o princípio dela” Renë Alleau
O que menos se sabe a respeito da ética é a sua natureza ontológica. Fala-se muito em ética e sabe-se muito pouco dela. Por isso, confundimos a ética com a moral (que é uma decorrência da qualidade da ética que escolhemos seguir). Por que é tão difícil entender o domínio ontológico da ética? Simplesmente porque não está na dimensão da razão. Ela transcende a razão. A natureza ontológica da ética está no campo da sensibilidade humana. A mesma dificuldade que temos para explicar o gosto da água temos também (num nível superior) de compreender a essência da ética. A ética de Cristo não era a ética dos seus carrascos. A ética de Sócrates e Gandhi não era a mesma de seus conterrâneos e oponentes.
Em outras palavras, a ética não é um único caminho onde todos se realizam e se relacionam enquanto espécie humana. A ética precisa ser entendida como um modo de conceber a realidade e agir sobre ela em dois sentidos: o material e o espiritual. A ética no sentido material é aquela que concebemos como moral – lugar dos hábitos, dos costumes e das regras sociais. E a ética no sentido espiritual é aquela que os gregos concebiam como Ethos, ou seja, a morada da alma – o caráter! E Cristo denominava esse lugar da consciência humana como sendo o Reino de Deus.
Nesse sentido, o Ethos e o Reino de Deus é o lugar dos valores universais do Amor, da Paz, da Sabedoria, do Perdão, da Cooperação e todos os valores positivos da transcendência humana. Podemos, então, denominar esse caminho de conduta, de Ética greco-cristã. A ética greco-cristã transcende a ética moralista da modernidade utilitarista e pragmatista. O sentido da ética funda, portanto, dois mundos: o mundo moderno utilitarista e o mundo tradicional espiritualista. O primeiro mundo (objetivo e concreto) se transforma quando o homem emprega sua energia e consciência no sentido determinado pelos valores da ética materialista-utilitarista.
As guerras são manifestações das conseqüências danosas da ética materialista agindo na psique do homem moderno. As interpretações ideológicas apenas fomentam as ações humanas no processo de produção de valores materialistas-capitalistas. O segundo mundo (subjetivo e sutil) se transforma quando o homem emprega sua energia e consciência no sentido determinado pelos valores da ética espiritualista-transcendentalista.
A paz, a bondade, a fraternidade, a irmandade são manifestações das conseqüências benéficas da ética espiritualista agindo na psique de qualquer homem (moderno ou não-moderno). Enquanto no primeiro mundo a razão e o instinto são os motores e impulsionadores da realização humana, no segundo mundo a intuição, a fé e a sensibilidade são as bases e fontes do poder de construção e realização que operam o milagre de tornar o homem um fenômeno incomum por ser capaz de ser consciente de si e Positivo em si mesmo e, portanto, livre da tutela da ética materialista-utilitarista e seus valores morais negativos.
Na ausência da práxis da ética greco-cristã, temos hoje um mundo altamente progressista e competitivo em busca de bens materialistas porém extremamente carente e débil em bens espiritualistas. Devemos lembrar que Cristo nos alertou da existência e do impacto desses dois mundos quando afirmou: “Não podeis seguir a dois senhores”. Ele disse ainda: “Não podeis seguir a Deus e a Mamon [lucro]”...”Dai a Cézar o que é de Cézar – Dai a Deus o que é de Deus”.
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