As aves, por serem consideradas os seres mais próximos dos deuses, foram, conforme suas características e atribuições, associadas a eles. A soberana águia acompanhava o poderoso Zeus, o imponente pavão, sua consorte e protetora dos amores legítimos: a deusa Hera. À atenta coruja coube a companhia da sábia Athena.
Vemos a imagem da coruja, símbolo de uma vigilância constantemente alerta, nas mais antigas moedas atenienses. A coruja, em grego gláuks “brilhante, cintilante”, enxerga nas trevas. Um dos epítetos de Athena é “a de olhos gláucos” (esverdeados).
Em latim é Noctua, “ave da noite”. Noturna, relacionada com a lua, a coruja incorpora o oposto solar. Observem que Athena é irmã de Apollo (Sol). É símbolo da reflexão, do conhecimento racional aliado ao intuitivo que permite dominar as trevas.
Apesar de haver uma forte associação desta ave à escuridão e a sentimentos tenebrosos, o que é natural a um ser noturno, o fato de ela ter sido (devido a suas específicas características) atribuída à deusa Athena também a tornou símbolo do conhecimento e da sabedoria para muitos povos.
A coruja é uma excelente conhecedora dos segredos da noite. Enquanto os homens dormem, ela fica acordada, de olhos arregalados, banhada pelos raios da sua inspiradora Lua. Vigiando os cemitérios ou atenta aos cochichos no breu, essa ambaixadora das trevas sabe tudo o que se passa, tendo-se tornado em muitas culturas uma profunda e poderosa conhecedora do oculto.
Havia uma antiga tradição segundo a qual quem como carne de coruja participa de seus poderes divinatórios, de seus dons de previsão e presciência. A coruja tornou-se assim atributo tradicional dos mânteis, daqueles que praticam a mântica, a arte do divinatio, da adivinhação, simbolizando-lhes o dom da clarividência.
Eis a ave da deusa da Sabedoria e da Justiça: atenta coruja, cujo pescoço gira 360º, possuidora de olhos luminosos que, como Zeus, enxergam “O todo”. Devido a todos esses atributos, a Coruja simboliza também a Filosofia, os Professores e nossa proposta de Conhecimentos Sem Fronteiras: integrar todas as formas de conhecimento com o olhar para O Todo.
Na introdução de sua obra Filosofia do Direito, o Filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1830), escreve o seguinte.
"Quando a filosofia chega, com sua luz crepuscular, a um mundo que declina, é porque alguma manifestação de vida está prestes a desaparecer. Não vem a filosofia para renová-la, mas apenas para reconhecê-la.A coruja de Minerva alça seu vôosomente com o início do crepúsculo.”
A frase de Hegel, que diz que a Coruja de Minerva levanta vôo somente ao entardecer, alude ao papel da filosofia. Ou seja, a filosofia só pode dizer algo sobre o mundo, através da linguagem da razão, após os acontecimentos que haviam de acontecer realmente acontecerem. Antes que “prever para prover”, que é um lema de Comte e, portanto, do espírito cientificista, Hegel preferia dar crédito a uma postura filosófica que se via distinta da postura da ciência: a voz da razão explica – racionaliza – a história. Ou seja, depois da história, ela mostra que esta não foi em vão.
A frase de Hegel, que diz que a Coruja de Minerva levanta vôo somente ao entardecer, alude ao papel da filosofia. Ou seja, a filosofia só pode dizer algo sobre o mundo, através da linguagem da razão, após os acontecimentos que haviam de acontecer realmente acontecerem. Antes que “prever para prover”, que é um lema de Comte e, portanto, do espírito cientificista, Hegel preferia dar crédito a uma postura filosófica que se via distinta da postura da ciência: a voz da razão explica – racionaliza – a história. Ou seja, depois da história, ela mostra que esta não foi em vão.
Quando já não se enxerga mais através dos fatos é que a filosofia lança seu olhar em sobrevôo buscando minuciosamente entre a escuridão as verdades de seu discurso.
http://www.esdc.com.br/CSF/artigo_palasathena.htm
http://www.mundodosfilosofos.com.br/minerva.htm
http://acorujadeathena.blogspot.com/2009/04/coruja-de-minerva-simbolo-da-filosofia.html
Um comentário:
R A I N H A_D E_E S P A D A S
É a Dama do Ar. Prefere os tons frios, os azuis celestes e cores metálicas. O acinzentado e o negro favorecem sua beleza de linhas retas. Seu corpo é elástico e flexível. Escolhe a simplicidade ao se vestir, é a mais austera das Rainhas e não abre mão de tecidos com o toque diferenciado e os sintéticos. Não se ressente com ambientes fechados, gosta de estudar e lê muito. É urbana. Se expressa muito bem escrevendo. Seu reino é do intelecto. Os cabelos costumam ter cortes retos e ela abusa dos coques e rabos-de-cavalo. É a tradução viva da palavra “elegância”. Para se alimentar é frugal e grande amante da comida japonesa. É justa e meticulosa. Não costuma dar muita vazão aos seus sentimentos - difícil tirá-la do prumo. Quando isso acontece lembra-se que a vingança é um prato que se oferece frio. Manipula intelectualmente através da grande rapidez de seus pensamentos, articulações e armadilhas. Encara batalhas mentais com desenvoltura e seduz pela inteligência. Introvertida, é discreta, mordaz e muitíssimo esperta. O maior defeito é a inquietude. Sua palavra-chave é Racionalidade. Gosta muito de ficar só, mas quando ama é pra valer. Seu tipo psicológico é o Pensamento. Seu temperamento, o Sanguíneo. Seu castelo, o dos Silfos, embora ela não acredite nisso. Sua Deusa é Atena e seu reino é a Lua Minguante.
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