Somos oceanos nas extremidades.
Contemplo minhas unhas,
conchas do mar.
Ver essas partes de nós que tanto brilham traz uma ilusão
de acabamento e completude.
Somos oceano,
peixe e cautela,
flutuação e peso em luta na água,
correnteza e vida.
Somos ave e liberdade.
E nada quero dizer do amor.
Alheio-me, abstraio-me,
ânsia e vertigem,
sonho de profundidades inauditas,
mergulho sem fim..
Ana Cecília
2 comentários:
Ana Cecilia,
Também somos extremidades nos oceanos e nos pomos muitas vezes dentro das conchas que nos encapsulam até que consigamos o rumo certo e a liberdade.
Abraço,
Claude
que bonito, Claude.
E esse extremo que em nós é oceano coincide com as portas abertas para o infinito...
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