Absolutamente nada desejo -
grana, mulher, as sete virtudes.
A felicidade percebo
é esse sobrado aberto -
sem nuvens no alto,
sem folhas secas pisadas.
Basta meu cafezinho quente
e o riso do meu filho
antes de ir à escola.
O dedo no nariz,
uma melequinha aprazível.
O meu anjo da guarda me diz
que não é de todo seguro
essa túnica transparente
enquanto meu lado sombrio
rói as unhas neurótico.
Agora sou eu
quem limpa o nariz
e sorri de soslaio.
Também não desejo
essa falta de querência
por eternidade.
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