Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Clark Gable



"Judy Garland canta "Dear mr. Gable" no filme Broadway Mellody, de 1938. Na música sua personagem, uma adolescente, escreve uma carta para o maior astro da década, exaltando sua paixão e como pode se sentir triste ou feliz quando o vê nas telas. Era o efeito Gable dentro e fora das telas. Depois do fenômeno de Douglas Fairbanks nas décadas anteriores, viria ele como a imagem do sonho americano, misto de coragem e sensualidade, sonho de consumo de milhares de mulheres. Não era belo, na verdade era até mesmo feio, mas havia algo que chamava a atenção, talvez o jeito canalha de encarar tudo, de mulheres, passando por jogos ou negociatas. Sempre a mesma expressão do homem que fez mais de 90 filmes, mas que parecia fazer sempre e sempre o mesmo personagem: ele mesmo. Nem sei se o considero bom demais por convencer fazendo a mesma coisa, ou ruim demais, por não ultrapassar esta barreira criada, talvez, pelo mercado.
Mas foi como Rhett Butler, de E o vento levou, que Mr. Gable se tornou inesquecível para o cinema. Ele esperou, pacientemente, os imensos e intermináveis testes para a escolha de sua parceira, e quando Vivien Leigh foi escolhida, as filmagens do maior épico de todos os tempos transcorreram em meio a desavenças entre os atores e diretores e problemas com a equipe. Clark começou no cinema como o protótipo do homem que maltrata as mulheres, mas suavemente tornou-se uma figura de inegável magnetismo. Eu dizia no início que não sabia se ele era bom demais por convencer no único papel que fazia, ou ruim demais por não conseguir ultrapassá-lo. Mas, se levarmos em conta o preceito de que toda unanimidade é burra, seria unânime dizer que ele foi desnecessário e esquecível num campo em que tantos são esquecidos."


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