Não faço a mínima ideia
qual a próxima mulher
a rasgar-me o ventre
e puxar-me os cílios.
Tampouco ando sonhando
com fadas, bruxas, artesãs.
Minha solidão brinca de esconder-se
entre as páginas dos livros empoeirados.
Às vezes até escapa pelas rugas dos dedos.
Mas nada tão mágico
quanto um verso de Quintana.
Pra falar a verdade,
minha solidão envergonha-se
por sua habitual truculência.
Faz um barulho horrível
de madrugada
sobre os telhados.
Domingos Barroso
2 comentários:
Eta solidão "traquina"!Precisa tomar modos, e ficar em silêncio.
Um abraço,Buñuel.
Corujinha Baiana,
abraço-te com carinho.
Postar um comentário