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E as peças desse xadrez infindo,
Nos cavalos em "L",
Nos bispos em diagonais,
Nas torres imponentes,
Continuarão a moverem-se em minha defesa.
Embora a saudade brilhe,
Como ponta de facas sob a luz do sol
Assim brilham os dentes dos eqüinos
Que defendem-me, tal qual rutilam as
Torres de marfim.
Eu, cá, do alto do tabuleiro,
Até onde posso, movo o jogo
Mas não hei de negar, que pelo
Impulso de um par de olhos
Negros, ou azuis,
Por um par de pernas morenas
Ou um rosto níveo,
Talvez,(para não dizer certamente)
Já tenha me deixado
(ou já me deixei) levar pela brida
Irracional e irremediável
Das delícias das paixões.
Pois cá elas estão.
Entre a sorte dos dados
E o fio da razão,
Na guerrilha de Caíssa.
Foto: Julio Pinotti
2 comentários:
Bela mensagem, fico feliz por ter tirado essa foto.
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