Uma Taça Feita de Um Crânio Humano
Não recues ! De mim não foi-se o espírito...
Em mim verás - pobre caveira fria.
Único crânio que, ao invés dos vivos,
Só derrama alegria.
*
Vivi ! Amei ! Bebi qual tu : na morte
Arrancaram da terra os ossos meus.
Não me insultes ! Empina-me ! ... que a larva
Tem beijos mais sombrios do que os teus.
*
Mais vale guardar o sumo da parreira
Do que ao verme do chão ser pasto vil
-Taça - levar dos Deuses a bebida,
Que o pasto do réptil.
*
Que este vaso onde o espírito brilhava,
Vá nos outros o espírito acender...
Ai ! Quando um crânio já não tem mais cérebro...
Podeis de vinho o encher.
*
Bebe, enquanto inda é tempo, uma outra taça.
Quando tu e os teus fordes nos fossos,
Pode do abraço te livrar da terra,
E ébria folgando torturar teus ossos.
*
E por que não? Se no correr da vida,
Tanto mal, tanta dor aí repousa
É bom fugindo à podridão do lado,
Servir na morte, enfim, para alguma coisa ! ..
*
( Tradução Castro Alves )
Quem aceitar o convite de Lord Byron, autor dos versos inscritos em "Uma taça de crânio humano", vai penetrar no universo profundo, escuro, satânico, ao mesmo tempo lírico e sarcástico, de um dos maiores poetas do Romantismo.
*
A figura aventureira de Lord Byron - seja como amante, seja como guerreiro, serviu de inspiração à juventude romântica
de vários países, nessa época, inclusive no Brasil.
*
George Gordon Noel, Lord Byron
22 de janeiro de 1788, em Londres, Inglaterra.
19 de abril de 1824, em Missolonghi, Grécia.
Fontes
www.spectrumghotic.com.br/literatura/autores/byron/taça.htm
Google Imagens
A figura aventureira de Lord Byron - seja como amante, seja como guerreiro, serviu de inspiração à juventude romântica
de vários países, nessa época, inclusive no Brasil.
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George Gordon Noel, Lord Byron
22 de janeiro de 1788, em Londres, Inglaterra.
19 de abril de 1824, em Missolonghi, Grécia.
Fontes
www.spectrumghotic.com.br/literatura/autores/byron/taça.htm
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