Tu passas junto com a febre
e o pulso alterado.
O tempo breve
purifica as estrelas distantes.
O corpo ajuda a alma
a fazer um lindo pacote
dos restos mortais.
Um dia vagaremos
e será bom
que tenhamos apenas risos
colados às faces brilhantes.
Não vale a pena a loucura
da carne pela carne
do impulso pelo arrebatamento.
Uma noite dessas
saberás do que te digo
eu mesmo saberei sobre
o que agora escrevo.
A poesia é um manto
capim verde
quanto mais se orvalha
abobalhados ficamos
estirados,
desfalecidos.
Tu passas junto com a eternidade
dos teus olhos elevados
do teu rebolado feminino.
Um dia vagaremos
e será ótimo
que não estejamos perdidos
debaixo de uma árvore seca.
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