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Rebelde, solitário, desde cedo se mostra insociável, rejeita a realidade e a sociedade em que vive. Profundamente desajustado, procura saída através do trabalho, em julho de 1869 vai trabalhar em Haia na Galeria Goupil, que comercializa livros e obras de arte. Três anos mais tarde vai para Bruxelas onde passa dois anos e meio. A falta de sol e a calma dos países nórdicos o enerva, sonha com Paris. Em 1975 consegue a transferência para Paris. Encantado com a cidade luz, lê Flaubert, Dumas, Hugo, Rimbaud, Baudelaire; admira as campinas românticas de Courbet e os heróis de Delacroix.
*Em 1876, demitido do grupo Goupil, volta para casa, frustrado e sem perspectivas, decepção para os pais, somente Theo, o irmão mais moço, nascido em 1857, o entende.
*Ano muito difícil para Vincent, extremamente depressivo sofre seguidas crises nervosas, longos períodos de mutismo e solidão, que o levam a um violento misticismo, levando-o desejar a carreira de pastor. Mas pastor entre os pobres. Em 1878 vai para o Seminário Teológico da Universidade de Amsterdam. Reprovado segue um curso trimestral na Escola Evangélica em Bruxelas, onde a pedido do pai consegue o lugar de pregador missionários nas minas de carvão de Burinage, na Bélgica. Numa tentativa de aproximar-se dos mineiros começa a trabalhar nas minas, onde acaba adoecendo. Volta para casa, convalescente, conclui que não é essa sua vocação.
Instala-se em Cuesmes onde desenha de memórias cenas de Burinage. Afinal encontra sua vocação, vai ser pintor.
*Instala-se em Cuesmes onde desenha de memórias cenas de Burinage. Afinal encontra sua vocação, vai ser pintor.
Nesse tempo, Theo já é um dos dirigentes da Galeria Goupil, em Paris. Manda dinheiro a Vincent que estuda anatomia e perspectiva. Entusiasmado com Millet, pintor realista contemporâneo, passa os dias desenhando. Manda dizer a Theo “Eu não quero pintar quadros, quero pintar a vida”. Vida para ele são paisagens e gente, camponeses e mineiros, campos e trigais. Mas os quadros ainda retratam a realidade que pintor vê, sombria e cinzenta. Cristine a namorada o abandona. Entra novamente em crise, Theo consegue levá-lo para casa em Nuenen, onde se recupera, lendo, passeando, desenhando, pintando. Tranquilidade interrompida pela morte do pai em março de 1885.
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Apesar de seus quadros ainda serem sombrios, em tons escuros e empastados, Van Gogh está apaixonado pela cor, pela luz. Ele escreve: “A cor expressa algo em si, simplesmente porque existe, e deve-se aproveitar isso, pois o que é belo é também verdadeiro”.
Apesar de seus quadros ainda serem sombrios, em tons escuros e empastados, Van Gogh está apaixonado pela cor, pela luz. Ele escreve: “A cor expressa algo em si, simplesmente porque existe, e deve-se aproveitar isso, pois o que é belo é também verdadeiro”.
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Em Antuerpia, Van Gogh se apaixona definitivamente pela cor, descobre Delacroix e a pintura japonesa. Escreve a Theo: “O pintor do futuro será um colorista como nunca foi possível antes”.
Em Antuerpia, Van Gogh se apaixona definitivamente pela cor, descobre Delacroix e a pintura japonesa. Escreve a Theo: “O pintor do futuro será um colorista como nunca foi possível antes”.
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Em fevereiro de 1986 chega a Paris onde encontra trabalhos de Hokussai, Hirochige, Utamaro, impressiona-se pelo que chama de “uma nova maneira de representar os objetos e o espaço”.
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Em fevereiro de 1986 chega a Paris onde encontra trabalhos de Hokussai, Hirochige, Utamaro, impressiona-se pelo que chama de “uma nova maneira de representar os objetos e o espaço”.
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Mora com Theo, e este é o período mais sociável de sua vida. Faz amizade com Toulouse-Lautrec e Bernard, familiariza-se com os impressionistas, Monet, Renoir, Pissarro. Mais tarde conhece Gaughin.
*Depois de 2 anos, a saúde de Vincent não resiste mais a Paris. Seguindo conselho de Toulose-Lautrec, vai para o campo, para a Provence. Em fevereiro de 1888 está em Arles, pintando ao ar livre. Entra na fase mais produtiva de sua carreira. “Eu quero a luz que vem de dentro, quero que as cores representem as emoções”. Em outubro chega Gaughin, desestabilizado, Van Gogh se deixa levar por crises de humor, discussões e agressões com Gaughin vão minando seu equilíbrio, sofre de mania de perseguição, numa crise tenta ferir Gaughin com uma navalha. Arrependido, corta de propósito uma pedaço da orelha.
*Após dez dias no hospital Saint-Paul para doentes nervosos, volta para casa onde pinta o famoso Auto-Retrato com a Orelha Cortada. Em maio de 1889 ele mesmo pede a Theo que o interne. Vai para o hospital de Saint-Remy. Quando as crises voltam, rola no chão, tem alucinações de natureza mística, briga com demônios.
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Em 1890 Theo consegue que o Dr. Gachet, psiquiatra e pintor, cuide dele em Auvers. Segundo críticos, seus melhores trabalhos são feito nessa época, a amizade com o Dr. Gachet anima Vincent, escreve a Theo que agora está feliz. Mas, no dia seguinte, entra em crise e acusa o médico de tentar matá-lo.
*No dia 27 de julho de 1890, domingo, sai para o campo de trigo com um revólver, e dá um tiro no peito. Socorrido pelo filho do Dr. Gachet, está lúcido e tranqüilo, no dia 29, morre segurando a mão de Theo cinco minutos depois de dizer ao irmão: “A miséria não tem fim”.
*Em vida Van Gogh vendeu apenas um quadro "A Vinha Vermelha", no dia de sua morte, no sótão da Galeria Goupil, em Paris, 700 quadros de Van Gogh amontoavam-se sem comprador.
http://www.artistanet.com.br/artigos/user_exibir.asp?ID=516409
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