Quando as crianças vão para Hotéis Fazenda como ao zoológico: com a distância necessária “conhecerem” vacas e bois, cavalos, éguas, jumentos e mulas. Examinarem o estranho andar das galinhas e dos galos, sentirem o arrastar estranho da asa dos perus ou o rosnar “focinheiro” dos porcos.
Quando a modernidade se tornou “pós”, as ideologias feneceram, os objetos do desejo são design, a felicidade é a lambida numa iguaria rara, cara por que rara e porque é cara é gostosa. Quando a morte é negócio e a vida círculo de exploração comercial.
Quando as ruas foram tomadas por carros lustrosos, enormes e pequenos, silenciosos e barulhentos, um modelo para cada fantasia, tantas as marcas, mais que todos os continentes do planeta.
Quando o estilo de vida se tornou franchising, o “bem estar” em corredores refrigerados, iluminados e com tantas vitrines que tonteiam, tantos tontos que se esbarram, tantas barras a separar aquilo que se pode e o que não se pode.
Quando a música de todos os gostos, tanto acervo que nem tempo há para se ouvi-las, tantos versos maiores que as notas musicais, o painel do meu carro mostra uma, duas, três, dezenas, centenas, milhares, como no jogo do bicho das FMs.
Quando nada mais há de resquício de qualquer tempo histórico já realizado, eis que em plena Rua Mario Ribeiro, aquele rio de carros que vem da auto-estrada Lagoa-Barra e desemboca na Borges de Medeiro, quase esquina da Raul Machado. Paramos no tempo engarrafado.
Ao olhar para o lado, enquanto o engarrafamento nos barra. Vemos o quê? Uma galinha, coberta de penas, com seu andar balançante, um pé e outro, o pescoço se movendo para frente e para trás. Uma galinha bicando o chão do canteiro de flores que separa as pistas da avenida.
Uma galinha, aquele animal arcaico na metade de fluxo e contra fluxos da louca marcha da humanidade. Uma galinha que nos desperta proteção. Será atropela! Chama um vendedor de sinal para segurá-la! Ao menos um almoço acontece para quem necessita.
Não havia ninguém, nem um guarda de trânsito. A galinha ciscava, bicava, e dava outro passo em busca da vida. O trânsito andou e fomos. A galinha ficou, se ainda vive neste momento nem sei. Como chegou ali, talvez do abrigo de algum tratador do Jóquei Clube. Talvez, quem sabe.
A galinha ficou como um samba canção: ficou prá matar a saudade....
Quando a modernidade se tornou “pós”, as ideologias feneceram, os objetos do desejo são design, a felicidade é a lambida numa iguaria rara, cara por que rara e porque é cara é gostosa. Quando a morte é negócio e a vida círculo de exploração comercial.
Quando as ruas foram tomadas por carros lustrosos, enormes e pequenos, silenciosos e barulhentos, um modelo para cada fantasia, tantas as marcas, mais que todos os continentes do planeta.
Quando o estilo de vida se tornou franchising, o “bem estar” em corredores refrigerados, iluminados e com tantas vitrines que tonteiam, tantos tontos que se esbarram, tantas barras a separar aquilo que se pode e o que não se pode.
Quando a música de todos os gostos, tanto acervo que nem tempo há para se ouvi-las, tantos versos maiores que as notas musicais, o painel do meu carro mostra uma, duas, três, dezenas, centenas, milhares, como no jogo do bicho das FMs.
Quando nada mais há de resquício de qualquer tempo histórico já realizado, eis que em plena Rua Mario Ribeiro, aquele rio de carros que vem da auto-estrada Lagoa-Barra e desemboca na Borges de Medeiro, quase esquina da Raul Machado. Paramos no tempo engarrafado.
Ao olhar para o lado, enquanto o engarrafamento nos barra. Vemos o quê? Uma galinha, coberta de penas, com seu andar balançante, um pé e outro, o pescoço se movendo para frente e para trás. Uma galinha bicando o chão do canteiro de flores que separa as pistas da avenida.
Uma galinha, aquele animal arcaico na metade de fluxo e contra fluxos da louca marcha da humanidade. Uma galinha que nos desperta proteção. Será atropela! Chama um vendedor de sinal para segurá-la! Ao menos um almoço acontece para quem necessita.
Não havia ninguém, nem um guarda de trânsito. A galinha ciscava, bicava, e dava outro passo em busca da vida. O trânsito andou e fomos. A galinha ficou, se ainda vive neste momento nem sei. Como chegou ali, talvez do abrigo de algum tratador do Jóquei Clube. Talvez, quem sabe.
A galinha ficou como um samba canção: ficou prá matar a saudade....
Um comentário:
Ainda pensando na cena...
Por aqui ela já se faz escassa.
Nordestino e mineiro ... Quem gosta mais?
bOTO A PANELA PRA FERVER . áGUA PRA ESCALDAR , DEPOIS DE SABGRAR O PESCOÇO DA BICHINHA.
mELHOR QUE VENHA PRA NOSSA MESA, DO QUE SEJA ATROPELADA , NESTA TERRA VERDE !
aGORA É TRAT´-LA , TIRAR O FEL COM CUIDADO, TEMPERAR DE VÉSPERA , PARA BEM ENTRANHAR.
cADÊ A PANELA DE BARRO, E O FOGÃO DE LENHA ?
aCOMPANHA ARROZ COM PEQUI, ANGU DE MILHO VERDE ?
vOU LIMPAR UMA GALINHA, NOS TYERREIROS DA bATATEIRA, E ESPERAR O MÊS DE JULHO PRA ELA OCUPAR A MESA !
zÉ DO vALE, TEU COTIDIANO É REVELADO PELO TEU OLHAR , NA PONTA DAS TECLAS. adoro !
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