Sávio,
O Dihelson merece toda minha consideração e isso já explicitei várias vezes, é um empreendedor, luta com afinco pelo seus empreendimentos e trabalha muito. Não vou responder à mágoa dele, pois isso é um processo interno dele e qualquer resposta no mesmo tom só piora a mágoa.
Agora de você eu, sinceramente e sem gratuidade espero mais. Acho que lhe falta equilíbrio ao achar que tenho algo contra você, pois não foi esta a minha prática em relação a você, especialmente com sua poesia e seus temas. Quando você publica a sua tendência é de fato liberal e de direita, até, talvez, pela obrigação de estar estudando e lendo e a depender do que estuda. Do mesmo modo a minha tendência todo mundo reconhece e não me sinto reduzido por isso.
Agora pondero algumas coisas:
a) se você me rduz e um mero especulador que o faz por prazer, então porque me responde e até se diminui com esta idéia pequena de deixar de postar. Não fiz censura a você, apenas li o seu texto, li a suas fontes e li ainda mais para escrever o que escrevi. Não ataquei suas idéias com prazer, pelo contrário comemorei alguém que posta assuntos diferentes porque estimulam os outros a pensar e a dialogar com isso.
b) Há um centro argumentativo naquela fonte que você pesquisou que se encontra no blog do Olavo de Carvalho e que se trata dos "pensamentos da moda" e daquela suposta exposição da falha intelectual do Caio Prado Júnior, exatamente ele um pensador marxista. Ora pegar um evento em que o orador seguinte rebate com brilho o que lhe antecedeu, sem citar o que sucedeu, inclusive se o Prado respondeu a alguma coisa, é meramente expor o Prado. Foi isso o que disse e que estava na tua postagem. Além do mais, acrescentei, perguntando qual era a real importância de toda análise que o Caio Prado tinha feito do material histórico brasileiro?
c) Quero ser ensinado e não ensinar. Acho que você ao postar estas coisa ajuda ao ensino, ao contrário do que possa ter sentido. Quando no final do meu comentário pedi para examinarmos os dez pontos da decadialética apenas testei se você topava manter o debate. Isso, inclusive, para quem escreve uma tese de mestrado, não deixa de ser um exercício, até porque haverá uma banca acadêmica com a qual dialogará.
Volto à carona que o Dihelson pegou em você só porque está com raiva de mim. Vamos nos tratar com respeito e isso é preciso esclarecer o que é. O maior respeito que posso ter por você é lê-lo e não ignorá-lo. Como não o ignoro, falo com você, mas não faça seleção de todos os comentários que faço. Seja honesto com você mesmo, até porque tem valor e não deve cair nesta asneira de se achar pronto e acabado. Nem eu e nem você estamos, apesar do lapso de vida entre as nossas idades. Nunca fuja de um debate, releia o que escrevi no meu comentário e queira ter mais firmeza de afirmar o que pensa. Não caia nesta besteira de gênio e caráter que o Dihelson citou, isso não diz nada, nem a genialidade para "vender" imagem e nem o "caráter" para galgar posições. Acho que estamos em algo um pouco mais complexo e por isso mais estimulante.
8 comentários:
José, não caio nas besteiras que primeiramente tentou dizer-me que eu era um aluninho do Olavo. Dele tenho conhecimento por um site que certa vez me recomendaram e nada mais. Pela segunda vez lhe digo! Não pesquisei nada no blog desse senhor e se o tivesse feito falaria na maior naturalidade do mundo, até mesmo pelo fato de que o nível dele é bem acima do que eu tive como professores até hoje. Acho que o mundo liberal, neoliberal, imperialista ou qualquer nome que o dê veio antes do surgimento dele e vai bem além do mesmo. Agora me diz que não me deixe levar por alguma argumentação do Dhielson: "Não caia nesta besteira de gênio e caráter que o Dihelson citou, isso não diz nada, nem a genialidade para "vender" imagem e nem o "caráter" para galgar posições". Meu caro, nem Olavo, nem o Dhielson e nem minha mãe respondem mais pelo que faço e nem tal poder de influência sobre mim. Pela décima vez vos digo. Tenho admiração por certas pessoas, e o Dhielson é uma delas, mas nem por isso, eu, que já sou crescidinho o bastante, precisei dele até hoje para deixar bem claro o que penso. Lembro-me que me disse pelo CaririCult nas minhas últimas postagens lá que eu tinha um certo "ar de superioridade" e o rebatí pelo mesmo motivo que o fiz aqui. Infelizmente o senhor não me conhece para fazer tais afirmações. São deduções primárias, arquétipos, caricaturas que está tentando me colocar mas que não cabem. Quem me conhece, e estou seguro disso, sabe que isso é uma bolha de sabão. Não cola, não tem validade alguma. Mais uma vez deixo claro: preciso de pessoas como Dhielson pois são fonte de inspiração pelo trabalho duro e contínuo que tem como sua arte, pela hospitalidade que me recebeu em sua casa das vezes que fui, sem nem ao menos conhecê-lo direito...mas para me defender consigo fazer isso só."Acho que lhe falta equilíbrio...", sendo um direito seu achar o que quer que seja, eu rspeito-o, mas acho cada vez mais difícil a possiblidade de dizer algo que não seja entendido totalmente pelo avesso, por tal motivo, por ser talvez um desequilibrado, é que o debate deve ser feito em uma outra clave, mas não comigo. Abraços realmente fraternos e desculpe-me qualquer "besteira". Fuiz.
Ao Sávio que se foi e ao outro que ficou. A cada palavra que digo, mais incompreensível ficamos. Não falei que o Sávio era aluno do Olavo, não foi isso, disse que a fonte da postagem (que você identificou) fora o Olavo, mas não como um modo geral, apenas e tão somente a respeito daquele episódio do Prado Júnior como tantas vezes repeti. Segundo, posso ter me expressado mal, mas não apontei a frase do Dihelson como sendo do Sávio, apenas peguei o comentário que o Dihelson havia feito na postagem do Sávio. Terceiro, não afirme que não me conhece e nem que o conheça, a não ser é claro quando se trata de coisas do tipo primarismo, caricaturas, arquétipos, pois o considero uma pessoa séria, estudiosa e que procura dizer o que pensa. Dizer o que pensa, sustentar o contéudo dela e nunca ir-se. Quarto, não descontextualize frase numa argumentação, isso não uma boa prática de debate e, por comum, faz parecer ter dito o que não foi dito. Aí você trocou o particular pelo geral, não o chamei desequilibrado como uma regra geral (jamais diria pois não o é), quando disse que lhe faltara equilíbrio, nos termos da tua argumentação, foi quanto aos comentários que fiz às tuas postagens sempre ocm atenção ao escreve, desde que nos encontramos por aqui nestes blogs. Você lembra aquele episódio do meu comentário no Cariricult, talvez seja este que tenha ampliado seu mal estar com o atual, não o classifiquei como uma categoria definitiva, apenas me referi ao que escreveu naquele momento e naqueles termos. Mas não vou esticar mais, você nem está mais aí. Apenas ao Sávio que ficou, convidá-lo para um papo quando pessoalmente estiver no Crato no lançamento do Livro Cariricaturas.
Zé, olha o Diálogo, Zé. Olha o diálogo. Quer um conselho que aprendi depois dos Blogs ?
"NUNCA PERCA UMA AMIZADE POR CAUSA DE UMA DISCUSSÃO. ESSA É UMA TROCA QUE NUNCA VALEU A PENA."
Abraços.
Desejo que vocês se entendam e que a Paz reine. Tá vendo como é importante a paz ? Agora imagina participar disso aí todo dia...
DM
Dihelson,
Eu sei que tem um limite em todos nós. Sei que ficamos com raiva e brigamos por nossas idéias. Agora é importante que não deixemos de expô-las só por que tenhamos medo. Imagine o seguinte: o Sávio copilou informações sobre pensador paulista. Publicou-as. Tudo com boa intenção. Igualmente fiz quando comentei. Não queria bater nele, menos ainda nas idéias dele, apenas localizá-la no espectro do pensamento atual, especialmente pelo episódio do Prado Junior. Ele achou por bem dar uma paulada, aí, tu que não é nada mole, aproveitou e mandou o teu também. Aí, respondi, tudo nua boa. O Sávio agora, que pretende ser mestre, desenvolver um pensamento, diz: fui como se essa banalidade toda tivesse importância para qualquer coisa do futuro dele. Mas certamente tem para a nossa coletividad, pois interdita o debate e isso não é bom.
Zé do Vale,
Embora muitos não saibam ( e disso você nunca se prevalece) você é colaborador/fundador/administrador do cariricaturas. Tenho orgulho das suas postagens, comentários, e espelho-me no seu senso crítico, diplomacia,inteligência , maturidade, sabedoria... Sempre !
Conheço o Sávio. Arguta inteligência, aplicação nos estudos. Poeta inspirado, amigo querido !
Dihelson , sua capacidade de trabalho, e extrema virtuosidade artística.
Sou a favor da dialética , embora nem sempre participe, por limitação do conhecimento... Aí, leio tudo, pelas informações !
Tenho sentimentos políticos ,ideológicos, irmanados com os teus.
Fico constrangida , quando o entendimento se complica...
Mas acho saudável o exercício das postagens X comentários. Como diz bem o Zé Flavio, você não machuca pessoas, você entra em confronto com ideias, na visão sistémica que lhe é própria !
Existe uma verdade no meu coração , e cada um sabe da minha sinceridade : Adoro meus amigos com todas as nossas afinidades e diferenças , na valorização do respeito mútuo !
Abraço carinhoso .
Puxa, a Socorro se superou!
LINDA! Socorro.
E agora, um momento de descontração:
"O Zé do Vale tem uma propriedade fantástica que o diferencia dos demais pugilistas do mercado. Ele consegue dar um soco nas pessoas, com uma bala de canhão revestida com uma camada de espuma, para que não deixe marcas no corpo do adversário morto."
rs rs rs
Abraços, Zé.
Conquiste o Sávio. Seria uma grande perda.
Dihelson Mendonça
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