Confesso: não entendo pirocas nenhuma de futebol. E tenho cá minhas razões.
Primeiro, sempre fui um perna-de-pau. Na lata, pei bufe!
Segundo, não sou de perder tempo com esse joguinho feio e ronceiro armado nas retrancas. Negócio amarrado, tá doido? Destá.
Por não entender bulhufas do esporte bretão, não fico na minha: também sou achegado a admitir ser uma das manias saudáveis do Brasil. Vamonessa!
Ainda digo mais: perdido por um, perdido por mil. Derrota por 1 é o mesmo que uma goleada de 40 gols. A desmoralização é a mesma. É ou não é?
Mais ainda: sou da laia que se aventura a dizer que a melhor defesa é o ataque. E só gosto de espetáculo de circo pegando fogo: ou tudo ou nada. Teibei!
Sou brasileiro acima de tudo e, também, quero ser mais um entre os quase duzentos milhões de treinadores da Seleção Brasileira. Casa de Maria-Joana que se preze é assim: quanto mais mexido, pior. Mas, teco. Se tudo tem ingerência transnacional, por que não posso também botar meu bedelho no meio?!
Então, vou zuretar meus pitacos descarados também. Assumo e digo logo.
Essa seleção do Dunga, pra mim, não é lá grande coisa. E muito menos quer dizer nada a gente ter se classificado nas eliminatórias (afinal, de duro só o Paraguay, o resto caindo pelas tabelas), da conquista da Copa América (idem, ibidem) e da Copa das Confederações (só tinha meia-boca). Pra mim, tudo isso já era uma obrigação de penta ou não é?
Ademais, sapeco pra você espiar que não assisti uma partida sequer de nada disso. Contudo, baseio meios argumentos na falácia de um certo primo entendido achegado da família de uma fulana distante que é cunhada do irmão do meu vizinho que nem sei o nome, que não perde pelada nenhuma e vive grudado em todos os debates das mesas dos programas de TV, e disse categoricamente que a seleção era uma meleca.
Se ele diz, eu assino embaixo.
Verdade.
O Dunga não é um dos 7 anões? Vixe! E por que agora ele virou ícone duma geração de brutamontes quebra-canelas?
Pra CBF, um recado:
- Ô seu magnata Ricardo Zilhões Teixeira, num acha que tá na hora de passar o bastão pra outro, não?
Que coisa!
Quanto à escalação, não sei. A convocação dos jogadores, decepcionante. Tirante uma meia dúzia de famosos que são certos na escolha, o resto só serve mesmo de marcação pra zero a zero. E pra matar a gente do coração.
Tenho pra mim que qualquer criançinha de tino convocaria uma seleção melhor que essa.
Por isso, repito: como sou brasileiro vou torcer na tuia pela conquista do hexa. Dito e feito. Tô dentro e com todo mundo!
Não adianta fazer outra coisa porque no Brasil tudo pára e só nos resta torcer de se espremer todo.
Agora é entrar na onda e ver se não morre afogado. Depois a gente pensa nas eleições vindouras.
Então vamos de frevo na torcida pelo hexa!!!!!!
FOLIA CAETÉ
(Letra & música de Luiz Alberto Machado)
Sou brasileiro, meu bem
De janeiro a janeiro
De ralar o ano inteiro
Pra ver se a vida um dia vai mudar
Para um melhor fevereiro
Festa de carnaval
Pular, esbaldar festeiro
Pra ver se a minha vida vai mudar
Eu vou driblando as broncas
Pra gororoba chegar
Eu dou nó cego até no ar
Pra fazer meu direito valer
Feito gente adulta de ser
Respeite o cidadão que é de lei
Seja um, qualquer um, toda vez
Tenho a dizer
Moradia é lugar que se tem
A saúde é gozar muito bem
E saber que não deve minguar
E exercer
O respeito por todo alguém
Que é de todos não é de ninguém
O direito sagrado: viver
Cidadania vingar
Cantada bem pra valer
Viver feliz é o que se quer
Mesmo quem venha a nascer
Cidadania é viver
Na folia caeté.
http://www.luizalbertomachado.com.br/
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS
FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS
Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................claude_bloc@hotmail.com
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Luiz Alberto, você entende de futebol muito mais que muita gente.
Eu acompanho futebol desde sempre. Sou torcedor do Fortaleza,Vasco da Gama e Guarani de Juazeiro. Desde 1974 que não vemos seleção como a Holanda que jogava um futebol solidário e coletivo. O que vimos nas últimas Copas do Mundo de Futebol é a explosão do jogo individual de um gênio. Vejamos alguns exemplos: Paolo Rossi,1982, Maradona, 1986, Romário, 1994, Zidade, 1998, Ronaldo Nazário,2002
O time de Dunga,apesar do monte de volantes brutamontes,acredito no Brasil pela tradição e pela camisa.
Abraço!
Dupla honra eu me achar por aqui, eita enxerimento meu. Mas... Primeiro, figurar neste maravilhoso blog é demais, obrigado. E, em segundo, receber o comentário do grande Arimatéia, honra por cima de honra, obrigado também.
Apesar de me ver um sujeitinho atrevido e cheio das pregas com mais de nove horas, me sinto muito mais honrado com seu comentário. Obrigado, também.
Devo dizer que continuo dizendo: pra perna-de-pau feito eu, me valho do eminente Roberto da Matta na paixão pelo futebol. Apesar de menino cinquentão, me vi admirando o futebol desde a copa de 70. E passei pelas demais. A Holanda de 74 com seu carrosel, vixe, era um arraso mesmo: futebol solidário e coletivo. Bem dito. Como o Brasil de 70 - apesar de Pelé, o maior dos maiores - e a de 82, elegante e pra frente. Como sou Sport Club do Recife, por tabela Flamengo de Zico & Cia: um colosso, parecia balé. Mas também admirei muito Dinamite, Juninho Pernambucano, Ramon, Paulo Germano e... (para ficar nesses & outros tantos).
Sim, mas voltando, depois de 74, isso mesmo: só salvadores da pátria mesmo, o bloco do eu sozinho. E mesmo achando tudo que eu disse, acredito no hexa. Vamos juntos & tataritaritatá.
Abração
www.luizalbertomachado.com.br
Gostei do texto, Luiz Machado,e postei-o com o prazer que posto ,
um texto do Quintana.
Os dias estão para o futebol... Esse é o momento !
Não entendo de futebol, mas gosto ! Sei apreciar comentários como o de Arimatéa.
O Cariricaturas sente-se honrado com a presença de vcs.
Abraços.
Postar um comentário