Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 24 de junho de 2010

De Encantamento

A solidão é um caso sério
a ser estudado pelo poeta.

Sem mania de fingimento
ou de grandeza.

Entender a solidão
em seu pleno vazio.

Como se observa
uma bola de sabão.

Mas o poeta não sossega
enquanto não chora.

E as lágrimas lhe turvam a vista.

Se não fosse essa farsa
de sofrimento e revelações

O poeta entenderia mais da solidão
do que as botas do silêncio.

4 comentários:

José Carlos Brandão disse...

Mas que barulho fazem as botas do silêncio!
A solidão sobe a escada, arrebenta o sótão e o porão da alma.
Não há sabão que lave a alma do poeta.
O poeta chora tanto - "e as lágrimas lhe turvam a vista" -
E como não há mais nada a fazer, as lágrimas secas sobre o sal das rosas,
O poeta faz um poema.

Abração.

Domingos Barroso disse...

Outro grande abraço,
Poeta.

Longa Vida!

Daniel Boris (Jacques) disse...

O poeta quase nada risca,sem o silêncio da solidão.
O poeta sempre enxuga,as lagrimas de seu borrão.

Que maravilha seu poema!Abraço.

Domingos Barroso disse...

Daniel,
forte abraço.

A sua alma é poética,
meu caro.