Incompletude
- Claude Bloc -
Hoje me basta esse amor
E esse bastar ocorre
Justamente quando se transforma
Todo desejo em saciedade
Eis enfim o lume, a chama acesa
Que plenifica a falta
A redenção
O sol crescente.
Eis o resgate que vai além
De uma entrega irrestrita
Quando o humano ser, em mim
Se aniquila
E depois retorna incompleto
À consciência...
Quando esse amor se fecha
À certeza de sua incompletude
Que já não é, pois inexiste.
E eis que me busco um pouco aqui e ali
Nessa ruptura que fulmina a alma
Na desmesurada perda dos limites.
Busco, então, nessa agonia
Um porto firme para ancoragem
Quando o amor caminha pelas margens
Nesse eclipse total da consciência
A transbordar de pura euforia.
Claude Bloc
2 comentários:
Uma poesia a altura da imagem!
ClauD'arte, abraços!
Quando pegar o teu barco e for a outra margem em busca do teu amor,não esquece de voltar,pois aqui nessa margem,tem que te ama também.Te dolo mui, mui, mui Mana.
Postar um comentário