Ao primeiro bocejo do passarinho
recente hóspede da minha varanda
vestirei apressado
meu bermudão surrado
e com o coração saltitante
levitarei até o bosque
do Sol Nascente.
Pedirei à gentil gueixa
ou ao sábio samurai
que me ensinem
a arte do origami.
Preciso aprender a fazer flores
com papel dos meus versos
e te presentear
todas as manhãs.
Ao acordares a mesa posta.
Ao acordares meu riso bobo.
E o dedo apontando a fruteira:
entre duas maçãs (pra que o vento
não leve) eis a minha oferenda.
Assim será todos os santos dias.
Até cansares de tanto romantismo.
E me digas adeus.
E me dês um beijinho no rosto.
2 comentários:
Domingos,
Que verso mais doce...
Que verso mais lindo...
Que verso mais romantico...
Edilma,
imagina então Cartola
(aquela aura encantada)
aos arranjos com origamis
fazendo flores
e assoprando beijinhos
à sua amada Dona Zica...
Carinhoso abraço.
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