A cabeça debaixo do chuveiro
imagino a dor das traças.
Quanto mais comem papel
menos entendem das palavras.
Os papiros sagrados
devem ser lidos
aos suspiros
de acordo com o tempo
e com o vento da montanha.
Esqueçam seus livros
quando pensarem em Deus.
Esqueçam seus livros
quando se amarem.
Não abram a boca.
Senão para beijos
e louvores.
Os meus livros agora dormem.
Dormir: verbo predileto
dos travesseiros.
2 comentários:
Domingos,
O seu sono ainda não chegara a 01:45 da manhã...
Para o nosso deleite, e se tornar profundo depois dos versos escritos...
O meu fantasminha
quando não vai trabalhar
no dia seguinte
tem mania de insônia.
Então (como gentil hospedeiro)
faço-lhe companhia.
Edilma,
carinhoso abraço.
Sempre é muito agradável
ouvi-la.
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