Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, (Ribeira dos Campos, 10 de julho de 1909 — Caruaru, 20 de janeiro de 1963) foi um ceramista popular brasileiro.
Filho de lavradores, Mestre Vitaliano foi um artesão por retratar em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino, especialmente do interior de Pernambuco e da tradução do modo de vida dos sertanejos. Esta retratação ficou conhecida entre especialistas como arte figurativa.
O artista passou a desenvolver a modelagem no barro a partir dos 7 anos. Os bonecos eram os brinquedos do menino Vitalino
As obras de Vitalino ganharam reconhecimento na região Sudeste a partir de 1947, quando o artista plástico Augusto Rodrigues o convidou para a Exposição de Cerâmica Popular Pernambucana, realizada no Rio de Janeiro. Em janeiro de 1949, a fama foi ampliada com exposição no Masp. Em 1955, integrou em Neuchatel, Suíça, a exposição Arte Primitiva e Moderna Brasileiras.
O reconhecimento do artista foi ampliado após a sua morte. A biografia do artista inspirou o samba-enredo da Império da Tijuca nos carnavais de 1977 e 2009. A Festa de São João de Caruaru o adotou como a personalidade homenageada de 2009.
Suas obras mais famosas são Violeiro, O enterro na rede, Cavalo-marinho, Casal no boi, Noivos a cavalo, Caçador de onça e Família lavrando a terra
A produção do artista passou a ser iconográfica e inspirou a formação de novas gerações de artistas, especialmente no Alto do Moura, bairro de Caruaru, onde viveu. A casa onde viveu parte de sua vida atualmente é a instalação da Casa Museu Mestre Vitalino. O entorno é ocupado por oficinas de artesãos.
Parte de sua obra pode ser contemplada no Museu do Louvre, em Paris, na França. No Brasil, a maior parte está nos museus Casa do Pontal e Chácara do Céu, Rio de Janeiro; no Acervo Museológico da UFPE, em Recife; e em Alto do Moura
* Página oficial do Museu Casa do Mestre Vitalino
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