Entre 1939 e 1945 (menos que o tempo dos dentes de leite de uma criança) o mundo viveu uma guerra concentrada no tempo e espalhada no espaço como nunca vivera. Neste período foram mobilizados 100 milhões de militares, toda a capacidade científica, industrial e econômica foi empregada na atividade de destruição e morte. Num crescente que já acontecia, mas ali explodiu a morte civil em geral, sendo o paradigma Hiroshima e Nagasaki, morreram mais de 70 milhões de pessoas. Estima-se que quase 4% da população do mundo teve morte direta pela guerra e aconteceu duas mortes civis para cada uma de militar.
Agora vocês imaginem o desejo de libertar-se deste trauma no verão do ano seguinte. Era o verão de 1946, era preciso inventar o consumo de vida, alegria e liberdade para expressar o real sentimento após o pesadelo, especialmente na Europa Ocidental. E um núcleo fundamental foi a moda. Na moda a liberdade se manifestou com todos os estilistas demonstrando o senso geral. Era preciso desnudar o corpo de todos os trastes de destruição e morte.
E não foi num salão especial, numa iluminara como estes grandes eventos fashion. Foi numa piscina popular de Paris, a piscina Molitor, onde o estilista francês Louis Reard, em 5 de julho de 1946, fez a garota de show Micheline Bernardini vestir o seu traje. Na prática um soutien cobrindo os seios e dois triângulos invertidos amarrados por um cordel em baixo (tinha 75 centímetros de pano). Ali nasceu o biquíni.
Não distante da guerra e sob o efeito da guerra fria. Naquele mesmo verão outro estilista Jacques Heim fez um modelo um tanto maior e não tão ousado quanto de Reard e a este denominou “atômico” (e teve sorte do Obama não ter nascido ainda, pois faria com ele o mesmo que faz ao Irã). Então, duas peças estilizadas mesmo foi o de Reard e ele o denominou biquíni por um motivo bem letal. Era uma homenagem ao atol Bikini no Pacífico sobre o qual os EUA fizeram um teste com bomba atômica.
O estilista escolheu Michele Bernardini por que esta era uma dançarina do Casino de Paris e não tinha qualquer problema de aparecer seminua em público. A reação do público foi entusiástica, ele recebeu mais de 50 mil cartas, especialmente do público masculino ávido por reproduzir vida ao invés de morte. Mesmo assim os bons costumes ainda reagiram e as “autoridades” proibiram o biquíni nas praias públicas, mas rapidamente retornaram ao mofo de seus preconceitos, quando quatro após, no verão de 1950 as praias européias se encheram com a moda. E contemplem que naqueles anos a vontade do Europeu de ir à praia era enorme, por muitos anos elas se tornaram apenas zonas militares vigiadas para embarques e desembarques.
Já do lado das jovens Américas aconteceu o contrário. Levou 14 anos para que finalmente o biquíni fosse povoar as praias da região. Apenas nos EUA ele chegou na década de 60 e aí já por força do cinema e da música popular da juventude. Foi aquele período que o cinema passou a ter um novo formato, que juntava bandas de rock como o Beach Boys à vida livre e solta nas areias dançantes, sol e ondas de surf. O Rio de Janeiro não ficou atrás, por aqui começou como uma avalanche o que é hoje esta banalidade.
Agora vocês imaginem o desejo de libertar-se deste trauma no verão do ano seguinte. Era o verão de 1946, era preciso inventar o consumo de vida, alegria e liberdade para expressar o real sentimento após o pesadelo, especialmente na Europa Ocidental. E um núcleo fundamental foi a moda. Na moda a liberdade se manifestou com todos os estilistas demonstrando o senso geral. Era preciso desnudar o corpo de todos os trastes de destruição e morte.
E não foi num salão especial, numa iluminara como estes grandes eventos fashion. Foi numa piscina popular de Paris, a piscina Molitor, onde o estilista francês Louis Reard, em 5 de julho de 1946, fez a garota de show Micheline Bernardini vestir o seu traje. Na prática um soutien cobrindo os seios e dois triângulos invertidos amarrados por um cordel em baixo (tinha 75 centímetros de pano). Ali nasceu o biquíni.
Não distante da guerra e sob o efeito da guerra fria. Naquele mesmo verão outro estilista Jacques Heim fez um modelo um tanto maior e não tão ousado quanto de Reard e a este denominou “atômico” (e teve sorte do Obama não ter nascido ainda, pois faria com ele o mesmo que faz ao Irã). Então, duas peças estilizadas mesmo foi o de Reard e ele o denominou biquíni por um motivo bem letal. Era uma homenagem ao atol Bikini no Pacífico sobre o qual os EUA fizeram um teste com bomba atômica.
O estilista escolheu Michele Bernardini por que esta era uma dançarina do Casino de Paris e não tinha qualquer problema de aparecer seminua em público. A reação do público foi entusiástica, ele recebeu mais de 50 mil cartas, especialmente do público masculino ávido por reproduzir vida ao invés de morte. Mesmo assim os bons costumes ainda reagiram e as “autoridades” proibiram o biquíni nas praias públicas, mas rapidamente retornaram ao mofo de seus preconceitos, quando quatro após, no verão de 1950 as praias européias se encheram com a moda. E contemplem que naqueles anos a vontade do Europeu de ir à praia era enorme, por muitos anos elas se tornaram apenas zonas militares vigiadas para embarques e desembarques.
Já do lado das jovens Américas aconteceu o contrário. Levou 14 anos para que finalmente o biquíni fosse povoar as praias da região. Apenas nos EUA ele chegou na década de 60 e aí já por força do cinema e da música popular da juventude. Foi aquele período que o cinema passou a ter um novo formato, que juntava bandas de rock como o Beach Boys à vida livre e solta nas areias dançantes, sol e ondas de surf. O Rio de Janeiro não ficou atrás, por aqui começou como uma avalanche o que é hoje esta banalidade.
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